Cotovia, 23 de Julho de 2009 – Oliveira e Costa, Dias Loureiro e Arlindo de Carvalho, entre outras, assassinaram Ti Chin-Fu, e, ao contrário de Teodoro, o personagem de Eça, não sentiram qualquer tipo de culpa, de arrependimento, de remorso. No fundo, “estes ricaços” não experimentam qualquer um daqueles sentimentos. E por isso, com a maior desfaçatez, apresentam-se bem falantes e dizem-se de consciência tranquila. E acima de tudo, dizem-se confiantes na justiça.
Justiça com minúscula, porque se abate inclemente sobre os mais humildes e se verga perante os poderosos. Justiça com dois pesos e duas medidas; justiça que fecha os olhos aos próceres do regime e é capaz de condenar o larápio de iogutes; justiça que reclama tantas mordomias e prerrogativas e não se deixa escrutinar; justiça que os estudos de opinião apontam como o cancro da sociedade portuguesa.
Eles assassinaram Ti Chin-Fu; porém, nunca serão perseguidos, quer pela própria consciência, quer pela Justiça. Dentro deles não habita um Teodoro
Por isso mesmo, Portugal não é um país decente. É esta coisa deletéria e fétida!
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