Santa Iria de Azóia, 30 de Setembro de 2007 – Cheguei a Paris ao princípio da noite do dia de Reis de 1970. Fui viver para Sceaux, que é assim como que uma Cascais dos arredores da Cidade Luz, sem a Quinta da Marinha com aqueles muros como castelos. E também sem o paupérrimo Bairro da Torre. E muito, muito longe do mar.
Eu explico a comparação. Sceaux é uma cidade rica, habitada por muitos “directores-presidentes-gerais”, e onde as mulheres portuguesas arranjavam trabalho com certa facilidade, nas casas das senhoras francesas, as “madames”. Em Sceaux viveram inúmeras famílias da Mata, incluindo a minha.
Cheguei a França com o bilhete de identidade e sujeito, por conseguinte, a ser detido; porém, três ou quatro dias depois fui a “Porte de la Chapelle”, ao comissariado da polícia, onde me foi concedido um “récépissé” para alguns dias e depois uma “carte de séjour”por seis meses. Ainda era menor e o meu pai estava legalizado.
Levava uma carta de recomendação para Afonso Rato, director do jornal “Portugal Popular”. E que a minha mãe pedira ao advogado José Venâncio Leão, de quem não voltei a ter notícias, e que era cunhado do sobredito Afonso Rato. Chegou-me às mãos, entretanto, um exemplar do “Portugal Popular”, não gostei do que vi e li e não cheguei a conhecer a distinta personalidade. E francamente, nunca me arrependi.
Eu explico a comparação. Sceaux é uma cidade rica, habitada por muitos “directores-presidentes-gerais”, e onde as mulheres portuguesas arranjavam trabalho com certa facilidade, nas casas das senhoras francesas, as “madames”. Em Sceaux viveram inúmeras famílias da Mata, incluindo a minha.
Cheguei a França com o bilhete de identidade e sujeito, por conseguinte, a ser detido; porém, três ou quatro dias depois fui a “Porte de la Chapelle”, ao comissariado da polícia, onde me foi concedido um “récépissé” para alguns dias e depois uma “carte de séjour”por seis meses. Ainda era menor e o meu pai estava legalizado.
Levava uma carta de recomendação para Afonso Rato, director do jornal “Portugal Popular”. E que a minha mãe pedira ao advogado José Venâncio Leão, de quem não voltei a ter notícias, e que era cunhado do sobredito Afonso Rato. Chegou-me às mãos, entretanto, um exemplar do “Portugal Popular”, não gostei do que vi e li e não cheguei a conhecer a distinta personalidade. E francamente, nunca me arrependi.