sábado, julho 25, 2009

DO MEU DIÁRIO

Cotovia, 24 de Julho de 2009 – Os dirigentes do Benfica, Rui Costa incluído, têm revelado uma pujança contratual notável. Vamos ver se,com a vinda de tantos nomes sonantes, Jorge Jesus vai conseguir construir uma equipa talhada para competir e ganhar títulos.

O ano passado, chegaram Suazo, Aimar, Reys, Urreta e Balboa. E isto para só falar de estrangeiros. A equipa foi sempre ume espécie de manta de retalhos, quer no plano interno, quer nas competições europeias. Acabou o campeonato com enormes dificuldades. Este ano, tudo é recomeçado e com a total disponibilidade de associados e adeptos. A esperança é a última coisa a morrer, diz-se, e eu quero acreditar que este ano vai ser melhor. Aimar está bem fisicamente; Saviola parece querer e tem qualidade indiscutível; Xavier Garcia custou sete milhões; Welton veio, rescindindo com o seu clube, logo que lhe falaram; o mesmo se poderá dizer de Júlio César. Portanto, há razões para algum optimismo.

As coisas, no entanto, não dependem só dos dirigentes, jogadores e equipa técnica. Há factores que o Benfica não consegue controlar. Nomeadamente os senhores do apito, que o Benfica, e muito bem, fez sentar no banco dos réus. É certo que a coisa não deu em nada, porque em Portugal estas coisas nunca dão em nada, quando se trata de matérias desta natureza. Mas foram incomodados e ganharam alguns sustos. E aí os temos de novo a fazer das suas.

Há ainda os senhores comentadores das televisões, manhosos até dizer chega, sempre prontos a dizer mal e a descobrir defeitos na equipa do Benfica, Os rivais da 2ª cidade do país, mesmo quando jogam mal, constituem sempre uma grande equipa, um supremo modelo de virtudes. Aprenderam nos aviões e no antigo estádio das Antas que, não respeitando os donos da casa, a questão podia ser resolvida com uns murros no trombilo.

Pesquise-se e leia-se a imprensa dos anos do início da grande marcha.

DO MEU DIÁRIO

Cotovia, 22 de Julho de 2009 – Eu já tive muitas surpresas ao longa da vida, que, não sendo longa, leva já algum comprimento; porém, como olho para as coisas e para a vida com os olhos da eterna criança que teima a viver comigo (como é que Caeiro diria isto?), vou-me deixando surpreender quotidianamente, achando graça até às coisas de graça mais improvável.

E vem este aranzel a propósito de um nome de rua, na localidade de Cotovia, a caminho do parque de campismo Valbom. E que nome e poeta, pois é de um poeta que se trata,havia de ter nome num quase pinhal, nesta localidade ornitológica, do concelho de Sesimbra?

Rosalía de Castro, caro leitor! Nem mais nem menos, Rosalía de Castro! Aqui perto de Sesimbra… na Cotovia!

terça-feira, julho 21, 2009

DO MEU DIÁRIO

Sesimbra, 20 de Julho de 2009 – Cá bem no fundo, também eu poderia dizer como o Eça: francês quase em tudo.

Vivi em França; li o que tinha a ler dos franceses, de Villon a Camus; delicio-me com os queijos e as “pâtes” franceses; acho o humor francês o máximo. Voltando aos livros, quero aqui deixar dois nomes: o do árabe Tahar Bem Jelloun e o de Catherine Clément, que considero muito interessantes.

Diferentemente de Eça, nem o fado, ou fadinho, me comove. Mas confesso o meu imoderado gosto por bacalhau cozinhado de dez maneiras diferentes. De preferência à Brás e à Gomes de Sá. Também no forno, com espinafres. E ainda e também de cebolada, nos Rochas, às quartas-feiras. Com um tinto reserva da Casa de Santar.

DO MEU DIÁRIO

Cotovia, 19 de Julho de 2009 – Gosto muito do mar e não me puxa o corpo para os areais. Vá lá um homem perceber a sua própria natureza: gostar de mar e não gostar de praia. O que me vale este ano é que o João vai com a senhora sua mãe disfrutar da fresquidão marinha e eu posso ficar na esplanada a olhar para aquela imensidão de azul ou para os abrunheiros, a contas com os meus pensamentos.

Esta tarde foi diferente. Fiquei no parque, na minha modesta “datcha”, dormitei um pouco e depois revisitei a Madame de Bovary, de um tal Gustave Flaubert. Passe o truísmo, Madame de Bovary, é indiscutivelmente um grande romance. Um romance que o grande Eça terá lido gostosamente. Ontem reparei numa metáfora que é uma imagem, quase uma alegoria: “ A sombrinha, de seda cor de peito de rola e que o sol atravessava, iluminava-lhe com reflexos movediços a alva pele do rosto”.
Não terá sido por acaso que Jean-Paul Sartre dedicou tanto tempo àquele a quem chamava "l'idiot de la famille".

segunda-feira, julho 20, 2009

DO MEU DIÁRIO


Cotovia, 18 de Julho de 2009Afinal de contas, o senhorito da Madeira veio a Lisboa e reuniu com a sua chefe do continente e ambos riram muito, durante a reunião. E o personagem, com todo o desplante do mundo, teve a lata de atribuir responsabilidades próprias à comunicação social.

Este ilhéu já nos habituou aos seus incontáveis números de “non sense” e por isso mesmo já não me consegue surpreender. Adiante, pois.

Numa recente entrevista à revista “ler”, Vasco Pulido Valente falando sobre romancistas diz coisas mais ou menos tolas, mas que muitos dos que o lêm as hão-de ter como as opiniões de um verdadeiro “maître à penser. Diz que Saramago estaria certo se fosse das Caraíbas ou coisa parecida; que Lobo Antunes seria um bom escritor se tivesse escrito três ou quatro romances; que Lobo Antunes e Agustina não fizeram grandes “revelações morais” e que são umas pastas. E pergunta pelas grandes personagens destes dois escritores e conclui que o entrevistador não lhe consegue responder. É evidente que deveria ter sido confrontado, no que a Saramago concerne, com personagens como Domingos e João Mau Tempo, Blimunda e Baltazar, Ricardo Reis e Lídia, Cipriano Algor e tantas outras. E Lobo Antunes tem uma grande criação, o Dr. Francisco, do Manual dos Inquisidores. Mas nada disto tem importância para este historiador.

Há por aí gente que vai dizendo o que lhe vai na real gana, com a simplicidade das crianças. Enquanto Saramago é arrumado numa única tirada: “Aquilo era uma prosa admissível nas Caraíbas”; já a Lobo Antunes e a Agustina reconhece uma “voz”, mas diz que lhes falta uma técnica, ou seja, um modo de saber fazer. Na apreciação do historiador, e também comentador de TV, salva-se apenas o grande Eça de Queirós, de quem diz tratar-se do mais genial português dos últimos duzentos anos.

Já é gratificante que no tribunal de VPV Eça seja absolvido. O que nos vale é que poucos portugueses o lêm e os que o fazem não o levam verdadeiramente a sério. Um pouco como acontecia com Luís Pacheco.

DO MEU DIÁRIO

Cotovia,17 de Julho de 2009De facto, só o regime democrático permite Alberto João Jardim à frente de um governo regional, mesmo quando é consabido que o homem convive mal com a democracia e a liberdade.

Jardim, que é uma caricatura de estadista, mesmo que o seu território seja um pequeno arquipélago, é uma indignidade política. A tolerância que lhe tem sido creditada ao longo dos trinta e cinco anos de democracia, sob o pretexto de que é uma personalidade muito peculiar e mais ou menos inimputável, deixa-o medrar e confere-lhe força para fazer as mais abjectas propostas políticas. Desta feita, o tiranete ilhéu queria a extinção do PCP. Certamente, para melhor poder maltratar a democracia e a república.

Se a chefe continental de Jardim, que já advogou a suspensão da democracia para poder implementar reformas políticas, não quebrar o silêncio e alto e bom som não condenar a atitude de Jardim, torna-se cúmplice deste pretenso patusco com ideário totalitário. E o mesmo é válido para os democratas do PS.

E também o “senhor Silva”, agora presidente da república tem o dever moral de se pronunciar. Duvido, no entanto, que o venha a fazer. Politicamente, têm a mesma matriz identitária.

DO MEU DIÁRIO

Cotovia, 15 de Julho de 2009Fui com a Zélia e a Filipa visitar a D. A ao Hospital Pulido Valente, onde foi operada na pretérira segunda-feira. D. A é minha vizinha aqui do parque de campismo, há vários anos, e é uma pessoa amiga e de bom trato.

Nunca tinha entrado naquele hospital e fui positivamente surpreendido: instalações limpíssimas, roupa das camas muito alva, nada de cheiros característicos doutros hospitais. É certo que só vi aquela sala daquele serviço, mas creio, até porque fiz um longo percurso dentro das instalações, que se tratará de um todo com um mínimo aceitável de condições.

Era bom que se pudesse dizer o mesmo de todos os estabelecimentos hospitalares públicos de norte a sul do país. Era um sinal evidente de que os portugueses estariam, no momento que passa, a ser tratados com um mínimo de dignidade.

Ah, como eu gostava de lavrar aqui um rasgado elogio ao Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco!

quarta-feira, julho 15, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 13 de Julho de 2009 – À semelhança dos países, a familia Sanfona teve, na pretérita semana, os seus dias de glória. Graças ao relatório da Comissão Parlamentar sobre o caso BPN. Doravante – os méritos ou deméritos são sempre diferentes – os Sanfona podem perfilar-se ao lado dos Meneses, dos Almeida, dos Albuquerque e dos Pereira. Um dos seus foi relator, no caso concreto relatora, do relatório parlamentar sobre o mais volumoso caso de ladroagem praticado em Portugal.

Eu estou roído de inveja por nenhum Mata e/ou Barata ter protagonizado um tamanho feito, libertando-se assim da lei da morte,como escreveu um tal Luiz Vaz, no nosso livro dos livros. Mas vou ficar atento e preparado, como recomenda Rui Veloso/Carlos T, numa conhecida canção, porque poderei ser convocado em qualquer momento e o comboio da sorte só costuma passar uma vez, segundo a popular sabedoria.

Este ano, com medo de perder a minha oportunidade, nem vou de férias, ou melhor, vou para o parque de campismo, na Cotovia, que é quase aqui à porta de casa.

sábado, julho 11, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 11 de Julho de 2009 – O relatório de acompanhamento do caso BPN, produzido por uma comissão parlamentar, mereceu um voto contra de toda a oposição. Eu que de política pouco sei – e pouco sei de tudo em geral -, não compreendi o voto do PCP ao lado da restante oposição, sem, no mínimo, uma declaração de voto a demarcar-se da direita.

Bem sei que a Assembleia da República é o órgão político por excelência; bem sei que as questões criminais são com os tribunais e que os altos funcionários do banco de Portugal só poderão ser acusados politicamente de incompetência e de negligência; bem sei que Constâncio e a sua equipa têm lavado as mãos com as desculpas esfarrapadas de que nunca nada de semelhante tinha acontecido. O funcionário a quem o país paga milhões deveria assumir que errou rotundamente e daí tirar as devidas ilações.

Todavia, se a comissão parlamentar trata apenas da matéria política deste caso escabroso, não deveria fixar-se na supervisão e deixar passar a ideia de que não lhe interessam os ladões. Que têm nome e rosto e causaram danos incomensuráveis ao país. Danos que havemos de pagar, com língua de palmo e meio, durante muitos anos. Assim, percebo mal que o meu camarada Honório Novo possa votar ao lado de Nuno Melo e dos senhores do PSD, sem que deles se demarque através de uma explicação plausível.

sexta-feira, julho 10, 2009

Santa Iria de Azóia, 10 de Julho de 2009 – Não podia deixar passar este dia em claro, porque é o dia do aniversário do meu amigo João Teixeira. E se lhe faço uma referência aqui no “blogue”, é porque sei que ele aqui virá durante este dia. Longa vida, pois, ao João Teixeira; e, se puder ser, que o futuro lhe traga as maiores venturas. Ou no mínimo, que não lhe roube a ironia com que nos vai deliciando, no dia-adia.

Amanhã, é o aniversário do Manel Vaz, que também é meu amigo há décadas. Para ele vão também, apesar de saber que não passará por aqui, votos de muita saúde, para que possamos partilhar ainda por muitos anos o pão e o vinho.

Para ambos, aquele abraço!

quarta-feira, julho 08, 2009

DO MEU DIÁRIO

Ericeira

Santa Iria de Azóia, 8 de Julho de 2009 – Creio que já não ia à Ericeira há cerca de um ano. Esta ausência nada tem a ver com alguma infidelidade, porque o nosso amor é imorredoiro. Fui apenas um desencontro como muitos outros e o importante é colher sempre a sensação de quem regressa a casa, apesar de não ter casa nenhuma nesta vila do concelho de Mafra.


E lá fui à Praça da República tomar o pequeno almoço, ainda antes das oito da manhã, que os dias para serem produtivos começam-se cedo. Foi naquela pastelaria especializada em queques, mas que também tem outras coisas igualmente boas. Nomeadamente o pão, que é celebrado desde tempos imemoriais, apesar do mal que faz aos diabetes (ou à diabetes, como preferirem). A culpa não é do pão, mil vezes abençoado, mas das outras coisas todas que vamos metendo no bandulho.


Feito este inevitável excurso – hoje não almocei no Mar de Areia -, vamos ao que interessa. A Ericeira está agora ligada a Lisboa através de auto-estrada, o que significa que, sem grandes velocidades, dista de Lisboa cerca de meia hora, em dias normais, que são os meus preferidoa para ir e estar nesta terra simpática.

terça-feira, julho 07, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 7 de Julho de 2009 – Quem se der ao trabalho de frequentar “blogues” de gente ligada ao PS, verificará sem grandes dificuldades, que o partido que sustenta o Governo vive momentos de grande nervosismo.

Passo por dois desses “blogues”, o Aspirina B e o Jumento, que, a pés juntos, juram que são independentes, mas onde a oposição é tratada abaixo de cão. Sem qualquer distinção, da direita à esquerda.

O PS e a sua gente, regra geral, têm o hábito de receitar princípios aos outros e nomeadamente ao PCP. Ora estes insignes socialistas, esta inclita geração de socialistas, demonstra, no momento que passa, um comportamento verdadeiramente totalitário e nalguns casos ordinário.

Mário Nogueira é por vezes o alvo escolhido. Compreende-se a raiva. De certo modo, foi o comunista que mais mossa fez ao Governo. Ao democratíssimo Governo do Eng.º Sócrates e do Partido Socialista. Ao Governo que mais longe foi no desprezo pelos trabalhadores.

segunda-feira, julho 06, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 5 de Julho de 2009 – Quem viajar de Strasbourg para Frankfurt, e às coisas da agricultura quiser dar relevo, não poderá fugir das inevitáveis comparações. Adiante!

Num percurso de duas horas e meia por auto-estrada, o viajante há-de ver sucessivas plantações de milho, trigo, batata, beterraba e vinha; vinha, beterraba, batata, trigo e milho; milho, trigo, batata, beterraba e vinha. E isto de um e outro lado da fronteira franco alemã. É certo que a água é abundante e a terra adequada para aquelas culturas, mas as condições climatéricas e os solos não explicam tudo. Valorize-se, pois, a capacidade de realização dos povos francês e alemão.

Bem pode o senhor Jaime Silva fazer de ministro da agricultura deste rectângulo à beira mar. Bem pode a oposição reclamar por medidas e subsídios. Portugal precisa, antes de mais, de emparcelamento e de explorações de média e grande dimensões, porque só assim a agricultura poderá ser competitiva. Em nome do futuro, e de alguma independência alimentar, há que pensar e repensar o modo de poduzir, neste cantinho onde cresce a urze e o rosmaninho, mas também a giestra e a esteva. Aqui onde tudo parece caminhar para a desertificação.

É evidente que não temos a benção do Reno, que desde a Suiça até ao Mar, em Roterdão, é uma riqueza incomensurável para a Alemanha. E também para a Suiça, a França e a Holanda. Mas temos o vale do Tejo e também o Alqueva, que, com estudo e querer, podiam fazer de Portugal um país diferente. Agricolamente falando, como é óbvio!

Mas aqui continua a pensar-se que o nosso destino é o mar, que procuramos, pressurosos, em busca das frescas brisas e do calor lorpa dos areais. É que em Portugal, quando se sai, é com a febre de ir à praia, no Brasil, em Cuba ou no México. Cá sai-se da praia para ir à praia.


DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 29 de Junho de 2009 – Em bom rigor, o aeroporto da Portela é já um anacronismo. Chega-se de Frankfurt, onde se respira modernidade e grandeza – e com grandes obras em curso – e por cá teima-se em querer adiar os grandes projectos de modernização do país. Bem sei que Portugal é um país pequeno e pobre, mas merece um novo aeroporto e o TGV. Portugal merece governantes sérios e audazes.

Mas também necessita de gestores e de trabalhadores competentes e empenhados. Ainda ontem assisti a um caso verdadeiramente lamentável. No tapete 8, onde se havia de recolher a bagagem do voo HL4532, os passageiros chegaram e tiveram de esperar cerca de quarenta minutos pelas suas malas e maletas. Mas pior, no tapete ainda rolavam quatro ou cinco malas de voos anteriores que não foram retiradas e quatro caixas amarelas, que, provavelmente, ainda continuaram a girar no referido tapete-rolante nas horas seguintes.

Em Frankfurt haveria, certamente, um funcionário ou um responsável que daria pela anormalidade e lhe poria cobro! Pois no pequeno e rasteiro aeroporto da Portela não!

Pequenos nadas que fazem toda a diferença. Por muito que nos doa.

quinta-feira, julho 02, 2009

DO MEU DIÁRIO

Praça Gutemberg

Strasbourg, 28 de Junho de 2009 – Dormir, quando tenho de viajar, está quieto, apesar de saber que me acordarão à hora combinada. Sendo esta a minha natureza, há que aproveitar o tempo, para não me deixar embalar pelas ideias do momento, que, de um modo geral, vão sempre bater na crise.
Em França registou-se, com algum optimismo, o facto de o desemprego de Junho ter decrescido 0,3% em relação ao do mês de Maio. No entanto, o desemprego é e há-de continuar a ser a grande chaga deste nosso querido modelo económico e social. Até um dia, meus amigos!
Quando se viaja de comboio, pode-se olhar à esquerda e à direita, placidamente, e apreciar a paisagem. Ao viajar para sul, constatei a pujança de enormes searas, idênticas àquelas de que já falei anteriormente e também a existência de centenas e centenas de pequenas hortas, mesmo às portas do verdadeiro coração político desta Europa que se quer una e múltipla. mas que tarda em encontrar um rumo verdadeiramente autónomo. E com a eleição quase garantida de José Barroso, o caminho será ainda mais difícil de fazer.
A morte de Michael Jackson continua a ocupar a “UNE” de todos os noticiários. Goste-se ou não do personagem, o seu desaparecimento foi um acontecimento pleanetário, o que significa que o cantor e “dançador” americano vivia no coração de milhões de pessoas.
Vou encostar, porque a viagem vai ser longa e tenho que me aguentar nas canetas. As viagens acrescentam sempre muita tralha à tralha com que se iniciam. É lembrança para A, é a coisinha para B, é a minha meia dúzia de livros. E transportar bagagem não é, decididamente, o meu forte.

quarta-feira, julho 01, 2009

DO MEU DIÁRIO

Em 1 de Julho de 1981, morreu um dos maiores poetas portugueses do séc. XX: CARLOS DE OLIVEIRA.
Um homem a quem coube em sorte um dicionário e uma votade férrea de dar às palavras a leveza dos pássaros.