segunda-feira, dezembro 28, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 28 de Dezembro de 2009 – A minha campanha a favor da atribuição do prémio Inês de Castro a Lídia Martínez começou a ter “feed-back”. Casimiro de Brito, Vitor Oliveira Mateus, Emanuele Balzani, Jorge Pereira Sampaio, José Ribeiro, Paulo Neto e Maria Reis Lima, responderam simpaticamente.

Começo a acreditar que a coisa tem pernas para andar. A Fundação Inês de Castro, doravante, não vai ter desculpas. E os senhores jurados têm a estrita obrigação de pesquisarem e atribuírem o prémio a quem o merece.

Aguardemos, pois, com confiança.

domingo, dezembro 27, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 27 de Dezembro de 2009- Só hoje pude ver imagens da cerimónia de apresentação de cumprimentos do primeiro-ministro ao presidente da República. Apesar da cerimónia ter uma natureza meramente protocolar, a frieza das comunicações e das atitudes mostram até que ponto os dois protagonistas andam de costas voltadas. Dir-se-ia que a cena se podia ter passado num qualquer palco e com os actores de costas um para o outro.

Neste momento, penso que ambos servem mal Portugal: um não governando; o outro não presidindo (o Zé Ribeiro não leva a mal). E assim frio vai o relacionamento dos dois principais actores da política portuguesa, ainda que em consonância com o frio deste princípio de Inverno.

Não tenho qualquer simpatia pelos personagens, porque creio sinceramente que nunca terão dado nada de importante a Portugal. Feitas as contas, provavelmente ambos receberam mais do que deram. Era bom que ambos dissessem adeus aos cargos e permitissem o aparecimento de novos protagonistas. Mas esse seria um gesto demasiado nobre para estes dois homens. E os seus horizontes não têm a largueza de que Portugal carece.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 26 de Dezembro de 2009 – Ontem, ocorreu-me a ideia de utilizar o “facebook” para sugerir a algumas pessoas uma campanha a favor da atribuição do prémio Inez de Castro a Lídia Martinez.

O prémio foi atribuído a personalidades de mérito indiscutível como Teolinda Gersão e António Osório. Este último é não só um grande poeta, mas também um dos poetas da minha preferência. E no entanto, penso que há uma personalidade que, antes de qualquer outra, merecia ser agraciada com o galardão atribuído pela Fundação Inês de Castro: Lídia Martinez.

Apesar do apelido, Lídia Martinez é portuguesa; porém, vive em França há décadas, onde tem exercido múltiplas actividades artísticas, com o mito “inesiano” como pano de fundo. Lídia dança, escreve poesia e textos dramáticos, pinta, desenha, etc., fazendo do amor de Pedro e Inez o grande “leit-motiv” do seu trabalho. Com a particularidade de o fazer fora de Portugal, ainda que a Portugal traga, de quando em vez, a representação e a dança. As Cartas de Pedro e Inez foram editadas pela Ulmeiro e estão esgotadas.

Pelo que afirmo no parágrafo anterior, Lídia merece ser agraciada com o Prémio Inez de Castro. Para mim, que não tenho quaisquer dúvidas, é uma questão de elementar justiça. Espero que não continue a prevalecer a lógica do círculo fechado e do amiguismo.

NATAL

D. PEPE TAMBÉM TEVE O SEU NATAL

domingo, dezembro 20, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 20 de Dezembro de 2009- Também compartilho da opinião de que um país sem crianças é um país sem futuro. E há muito tempo que tenho esta opinião, porque me tenho dado conta do encerramento das escolas; porque olho para os parques infantis e os vejo vazios; porque sempre li jornais e me interessei pelos problemas demográficos.

Penaliza-me a ideia de que Portugal vai perder muita população até ao ano de 2050. A perda de um milhão e tal de habitantes significa que fomos governados por políticos incompetentes e sem grande interesse pelos portugueses e pelas famílias portuguesas. Significa, sobretudo, que temos sido governados por políticos oportunistas e sem qualquer interesse pela perenidade da pátria. Significa que fomos governados por oportunistas que foram mamando nas tetas da pátria, desalmadamente, preocupando-se apenas com as suas excelsas pessoas e com as excelsas pessoas das suas famílias e amigalhaços.

Os que negam aumentos miseráveis aos seus concidadãos e vivem bem com a opulência e com o desperdício, merecem bem que os mandemos àquela banda. Puta que os pariu!

sexta-feira, dezembro 18, 2009

FRAGMENTÁRIA MENTE

Ernesto Costa (Presidente da Junta, no uso da palavra)
O poeta João Teixeira (falando de experiências literárias)
assistência atenta

Santa Iria de Azóia, 15 de Dezembro de 2009É evidente que todos os “fazedores “ têm um ego muito grande. E eu, como todos os outros que fazem, não sou, obviamente, uma excepção. Fiquei contente, ainda há pouco, quando recebi uma mensagem no telemóvel a louvar o Fragmentária Mente. O texto vinha incompleto e sem assinatura.

Eu sei que não produzi nenhuma obra-prima. Nunca escreverei obras-primas, porque não fui bafejado pelo indispensável talento; no entanto, o livrito tem meia dúzia de poemas que não envergonham ninguém. Eram esses, provavelmente, que o meu amigo João Teixeira considerou bem esgalhados.

Gratificante para mim foi o facto de ter tido uma assistência considerável. De amigos e familiares. E também de autarcas e de representantes de outras entidades. Estas gratas presenças foram muito mais importantes que qualquer nota de rodapé numa qualquer pantalha.

É talvez por isso que tanto amo a minha família e os meus amigos. E Santa Iria.

domingo, dezembro 13, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 13 de Dezembro de 2009 – De vez em quando, interrompo a escrita deste diário, que já dura de forma mais ou menos consequente há cerca de quinze anos. Agora escrevo directamente no computador; porém, tempos houve em que escrevia nuns caderninhos, para depois passar tudo a limpo. Acho que nunca acabei a tarefa.

O Manuel Ramos Ribeiro, Manuel Ramos para os amigos, perguntou-me várias vezes a razão desta minha teimosia. Pensava o ilustre e penetrante professor de língua portuguesa que só os famosos escrevem diários. À luz dos tempos que correm, e tendo em conta o que se vai escrevendo nos “blogs”, dir-se-ia que a escrita diarística nunca teve tantos cultores e também leitores. No fundo, famosos e menos famosos, cada vez são mais aqueles que vão deixando, numa prosa ligeira e precária, a sua visão do rectângulo e do mundo.

A semana passada ficou marcada por vários acontecimentos importantes. No plano internacional, registe-se a entrega do Nobel da Paz a Obama e as grandes manifestações de Copenhaga e de Atenas (?); no plano nacional, deixe-se nota da aprovação de um OE rectificativo e das discussões à volta da corrupção e do seu caso mais famoso na actualidade, ou seja, o caso “face oculta”.

E assim retomei este Diário.

PS: O profeta da desgraça, um tal Medina Carreira, continuou em palco e com assistência garantida. Porque os discursos da desgraça, em Portugal, têm sempre muitos adeptos.

sábado, dezembro 05, 2009

FRAGMENTÁRIA MENTE

Filipa Barata faz a apreciação do livro
Assistência atenta


FRAGMENTÁRIA MENTE
O autor autografa o exemplar do seu primeiro editor




terça-feira, dezembro 01, 2009

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 1 de Dezembro de 2009 – A editora ULMEIRO, que já não tem qualquer actividade, completaria um destes dias quarenta anos de existência. Paralelamente à vida da editora decorreu a vida de José Ribeiro, que, sem grandes proventos pessoais, viveu uma vida de e para os livros. Por ali passaram autores como António Ramos Rosa, Raul de Carvalho, António Salvado, Maria Ondina Braga, José Jorge Letria, Orlando de Carvalho, Viale Moutinho e muitos outros.
A Ulmeiro, ainda que fosse uma entidade jurídica distinta, confundia-se com a LIVRARTE e esta com aquela, porque era ali na Rua do Uruguai que o casal, Lúcia e José Ribeiro, tinham as suas empresas, ou seja, a LIVRARTE e a ULMEIRO, respectivamente.
Conheci o Zé Ribeiro na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa há um quarto de século. De lá para cá, com mais ou menos assiduidade, encontramo-nos para tagarelar e almoçar. E creio que assim continuará a ser.
Há muito tempo que não passo pela LIVRARTE. Soube, através de um “mail” do Zé Ribeiro, que a livraria vai ter, brevemente, vida nova. No entretanto, vai promover, com grandes reduções, a venda dos seus inúmeros materiais. Creio que será uma oportunidade única para descobrir algumas raridades, sim, que a LIVRARTE tem muitas raridades.
Bora lá!