segunda-feira, maio 30, 2011

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 30 de Maio de 2011 – Estou farto de economistas, politólogos e comentadores de tudo e de coisa nenhuma, que assaltaram definitivamente os meios de comunicação social, nomeadamente as televisões, não para ajudarem a resolver o grande imbróglio que é Portugal, no momento presente; mas antes para nos acusarem de gastadores e outras coisas afins, tratando-nos como verdadeiros atrasados mentais.


Os charlatães que pululam por aí são os próceres do regime; são os arranjistas do regime; são os gastadores compulsivos do regime; são, ainda, os inefáveis conselheiros do regime. Foram, em suma, os criadores dessas novas divindades que dão pelo nome de lucro e mercado, que todos os dias atormentam as nossas pacatas existências, como, outrora, as vozes tonitruantes dos patriarcas do Antigo Testamento.


Cheguei há momentos de Alverca do Ribatejo, onde, numa só rua, deparei com três dessas casas de compra de ouro, de compra de ouro e prata, de compra de ouro prata e jóias, que um dia ainda hão-de comprar também os dedos dos portugueses, para que nunca mais tenham a ousadia de usar anéis. Já tinha notado a existência destas casas, que alguém, hoje, equiparou a agências funerárias. Abrem em todos os locais da cidade e brevemente chegarão às mais recônditas aldeias. Sabendo da dimensão da crise, os agiotas não perdem tempo.

Portugal fede.

domingo, maio 29, 2011

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 29 de Maio de 2011 – A campanha eleitoral vai decorrendo desinteressante, com os candidatos a correr os distritos respectivos e os presidentes e secretários-gerais a percorrer o país inteiro, numa azáfama tal que poderiam ir todos de férias depois da campanha.


Só neste rectângulo de ângulos obtusos é que os debates entre candidatos se efectuam antes da campanha. Acontecessem agora os debates e tudo seria mais útil e interessante. Sabe-se agora que não há só uma versão do documento assinado com a troika – o dr. Portas diz triunvirato, não se sabendo quem vai ser Crasso e sabendo-se que nenhum deles terá a grandeza de Júlio César -; sabe-se também que o dr. Coelho não é capaz de perceber à primeira e de responder de forma elegante a uma rapariga que lhe falou de novas oportunidades; sabe-se agora que Sócrates não tem uma só ideia para o futuro do país para além das dos triúnviros e que os restantes assinantes do famigerado documento também não. Têm pois os portugueses razões para não votar nesta gente, que, de uma forma ou outra, tem responsabilidades no estado lamentável a que chegámos.


Percebe-se também que há medos instalados e acordos ditos de cavalheiros, que bem podiam ter outro nome, porque há assuntos que ninguém discute e responsabilidades que ninguém ousa atribuir. Porquê? Há silêncios a mais na sociedade portuguesa e direitos mais ou menos obscenos, que em tudo se parecem com a celebérrima “omertà”. Não foram só os banqueiros que beneficiaram com a crise e que delapidaram as finanças públicas. Outros beneficiaram - o leque seria enorme -, nomeadamente, do “forró” do consumismo e vêm agora que nem virgens imaculadas falar de responsabilidades. Até parece que os únicos responsáveis são os paus-mandados dos políticos que propiciaram as coisas.


Em Portugal, dizia um amigo meu há muitos anos, não há adversários. Somos todos compadres. E, no momento que passa, começo a dar razão ao Eduardo Berjano.

sábado, maio 28, 2011

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 28 de Maio de 2011 - Eu acho que o dia 28 de Maio, de tão má memória para Portugal, não é dia para se nascer. Quis o acaso, que agora as coisas até podem ser programadas, que o meu amigo Carlos Godinho nascesse neste dia. Hei-de chateá-lo toda a vida com a data do seu nascimento, apesar de não ter sido chamado a pronunciar-se, como tão sabiamente escreveu António Gedeão.


Estou de partida para o Cartaxo, terra que conheço mal, a fim de almoçar com amigos do meu sogro, que, vistas bem as coisas, também são meus amigos. E se há valor que eu preze, sobre quase todos os outros, esse é indiscutivelmente a amizade. No Cartaxo, faremos honra ao vinho local com uma saúde para todos os presentes e ausentes, que nossos familiares ou amigos sejam. Até ao Cartaxo, pois, e de carro, que os tempos já não são os de Garrett, que me ensinou a fazer estes excursos nas suas célebres “Viagens”.


E para o Cartaxo, pois, longe deste quotidiano acinzentado, em que os auto-intitulados partidos do arco da governação nos omitem toda a extensão da desgraça que aí vem. Discutem todos as tricas deles, mais ou menos artificiais, ou seja, as “pentelhices, para usar a linguagem colorida do catedrático a tempo 0%. Que parte das responsabilidades são de Sócrates não tenho quaisquer dúvidas; porém, também são de quem lhe prolongou a governação e esta obstruiu, não aceitando a vontade do povo, expressa livremente em 2009.


Um bom dia, Carlos Godinho! Um bom dia Teresa Guerreiro!

sexta-feira, maio 27, 2011

QUADRAS

Tenho uma quadra singela
Pra te dizer ao ouvido.
Quando ta disser não digas
Que sou rapaz atrevido.

De hoje não pode passar,
Se não passa a validade.
Quero-te dizer, amor,
Que te amo de verdade!

Este amor é tão sincero,
Tão sincero e delicado,
Que já não posso, meu bem,
Tê-lo no peito guardado!

A noitinha à janela,
Vai ser grande a emoção,
Quando de forma singela,
Te falar ao coração.

(inéditas)
QUADRAS

Neste Portugal Belmiro,
Vive um povo acomodado,
Que acha bom e muito giro
Ter NET e supermercado.

Meu Portugal azevedo,
Hipócrita e arranjista,
Quando é que perdes o medo?
Reage! Levanta a crista!

Podes fingir alegria
Agarrado ao té-lé-lé.
Que grande hipocrisia!,
Confessa, é ou não é?
......................................
.....................................
in QUADRAS QUASE POPULARES, Ulmeiro, 2003.

quinta-feira, maio 26, 2011

DO MEU DIÁRIO

Lisboa, 26 de Maio de 2011 – Na sua imensa sabedoria, diz o povo, e a meu ver com razão, que o sabe tudo ainda não nasceu. É evidente que a sabedoria popular vale o que vale; mas, de qualquer modo, deve ser valorizada. Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje é um daqueles ditados que podemos e devemos levar a sério.


Eu que pensava que sabia tudo, ou quase tudo, em relação ao falar da Mata, de onde saí definitivamente há mais quatro décadas, aprendi no sábado passado, em amena cavaqueira com o Manuel de Sousa, que de um vinho se pode falar sem aqueles lugares comuns dos enólogos e de uma forma muito mais divertida.


Estávamos a beber um tinto e a ver a vinha onde as uvas crescem e amadurecem, quando o Manel qualificou o vinho de marrão. Percebe-se intuitivamente que se está a falar de um vinho muito graduado, que, bebendo-se sem precauções, se pode tornar implicativo. E continuando a dissertação sobre vinhos, ainda me falou dos vinhos cantantes e dançantes. É evidente que as últimas qualificações já têm a ver com o comportamento de cada qual relativamente à ingestão dos crudes.


De qualquer modo, talvez naquelas garrafas de vinho de 14º, ou mais, se pudesse escrever no rótulo: vinho marrão. Fica à consideração dos enólogos.

terça-feira, maio 24, 2011

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 24 de Maio de 2011 – Correia de Campos, o mais neo-liberal dos ex-(des)governantes do PS, tornou-se agora num pedinchão vulgar. Foi posto a andar por tratar mal da saúde dos portugueses e agora volta para pedir os votos de uma parte dos portugueses mais humildes. Bem merecia que lhe fizessem um “mega”, seja lá isto o que for, um toma ou mesmo um ostensivo Raphael Bordalo Pinheiro.


É evidente que nestas coisas – para mim é mesmo assim – não é a pessoa que está em questão, que, apesar da calvície, o senhor tem um aspecto limpo e parece muito compenetrado do seu papel. Ora o meu ponto é mesmo a política e a política de pôr portugueses a nascer em Badajoz, não cabe na cabeça de ninguém a não ser na de um neo-liberal, a quem pouco interessam os sentimentos. Eu dou um exemplo: a minha senhora nasceu em Lisboa, na Rua da Palma; porém, o senhor meu sogro resolveu registá-la em Alhandra, onde moravam, naquele ano de sessenta e dois.


Eu gosto de Alhandra e do Soeiro e do Batista Pereira e doutros alhandrenses ilustres. Até das figuras de ficção dos Esteiros, Gaitinhas e Gineto, mas ninguém há-de convencer a minha senhora de que é natural de Alhandra. Enquanto ela for viva, nunca! Ora Correia de Campos é o senhor que pôs portugueses a nascer propositadamente em Badajoz. E um homem que faz uma coisa destas, não pode apelar ao voto de portugueses humildes. Essa coisa de nascer fora tem a ver com reis e rainhas e nunca com o povo mais genuíno.


Correia de Campos, que tem um aspecto limpo e até fala sem pontapés na sintaxe do português, tratou mal da saúde dos portugueses, que é o bem mais precioso que os cidadãos têm. E estes, seguramente, far-lhe-ão orelhas moucas.

segunda-feira, maio 23, 2011

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia,23 de Maio de 2011 – Dentro de quinze dias, já saberemos quem nos vai (des)governar nos próximos tempos. Tendo em conta a natureza do actual PS, é-me indiferente que seja o Zé da Amélia ou o Toino da Joaquina. E no entanto, dia 5 lá irei votar, como sempre, desde 25 de Abril de 1975. E escolherei os do costume, ou seja, aqueles que não traem, aqueles que respeitam o meu voto.
Sinto-me desencantado com este regime, ou melhor dizendo, com os sucessivos governos constitucionais que tudo têm feito para fazer esquecer Abril e as suas conquistas. Em nome de economia, dos mercados e do deus-cifrão, têm sido muito esforçados, os nossos queridos governantes, numa luta sempre inacabada contra os direitos conquistados a seguir àquela redentora madrugada de Abril de 1974.
Há um grande paradoxo na sociedade portuguesa: aumenta o número dos pobres e os nossos ricos tornam-se ainda cada vez mais ricos, incólumes a todas as crises. A começar pelos merceeiros e a acabar nos donos dos combustíveis e das energias. Portugal, que eu sempre sonhei mais fraterno e solidário, precisa de um vendaval que o reponha nos caminhos de Abril.
Olá se precisa!...

domingo, maio 22, 2011

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 22 de Maio de 2011 – Pela segunda vez, participei no almoço dos antigos alunos da E.I.C. de Castelo Branco, lá, nos arredores da cidade. Saí de casa às 8H00 e cheguei à minha aldeia natal, pouco depois das dez. Com tempo suficiente para visitar minha mãe, que, com as maleitas próprias da idade, ainda vive, por vontade própria, na sua casa, na Mata.
Uma ida à Tapada, uma pequena propriedade que possuímos a quatro cinco minutos da localidade, que o carro não pode andar depressa nos caminhos rurais. Tudo cheio de ervas, que, apesar de querermos lavrar, não há quem queira fazer o trabalho em tempo útil. Ou porque os tractores não podem, ou porque avariam, ou, ainda, porque é preciso esperar que os terrenos permitam a lavoura.
Quando meu pai tratava das suas terras e das suas árvores, aquela fazenda era uma espécie de terra santa, no dizer de minha mãe. Tudo produzia para haver fartura de fruta, legumes e outros produtos da terra, em nossa casa. É certo que nada falta a minha mãe, mas tudo mudou radicalmente na sua vida com a ida de meu pai e as suas terríveis artroses.
O almoço foi na Quinta das Onelas, no Retaxo. Oportunidade para rever antigos condiscípulos, não tantos como seria espectável, mas mesmo assim em número suficiente para conversar abundantemente. Para além de pessoas da Mata, também reencontrei gente da cidade e das aldeias vizinhas, que forneciam os alunos que animavam, conjuntamente com os militares, a vida da cidade.
E lá estava o Carlos Barata, de máquina fotográfica pronta para registar o momento. Fomos colegas de turma e amigos. Lá estava o João Rolo e a Maria do Rosário de quem sou amigo; dele desde sempre e dela há várias décadas. Foi um dia bem passado com uma larga conversa com o Manuel de Sousa e com a Fátima. E tudo isto, porque o António Pereira se lembrou de mim. Para o ano, se tudo estiver bem, hei-de marcar presença. Porque, afinal de contas, só temos uma vida.

sábado, maio 21, 2011

MATA

Viram-te nascer e conhecem de cor os teus segredos. Foram a tua companhia, silenciosa e segura, durante centenas de anos.

Deram-te sombra, nem sempre boa, é certo, nos tórridos dias do verão; a luz possível, antes do advento da electricidade; o calor nos invernos, às vezes, tão longos e rigorosos; o tempero para a panela pobre, que tornava o feijão e a couve menos ásperos; o dinheiro para muitos dos restantes e indispensáveis bens.

E como a generosidade foi recíproca, também é justo que não olvidemos o muito e aturado trabalho e até servidão que foram exigindo a sucessivas gerações.

De qualquer modo, moldaram-te o carácter. Com elas aprendeste a mansidão e a austeridade. Por isso mesmo, nunca foste dada a sobressaltos e a paixões. Em toda a minha vida, apenas ouvi falar de um crime passional, perpetrado por um homem, a quem o amor de uma mulher não quis servir. Foi muito antes de eu ter nascido e já passei há muito pelos cinquenta.

Benditas sejam para sempre as nossas oliveiras!

quinta-feira, maio 19, 2011

INTIMIDADES



DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 19 de Maio de 2011 - Tenho grande estima pessoal por Jerónimo de Sousa, que conheço há trinta e tal anos e de quem sou quase vizinho. Jerónimo de Sousa, que encontro nos mais variados locais e com quem troco, quando calha, meia dúzia de palavras, é um genuíno filho do povo, cujo sentir mais profundo interpreta na perfeição. Muito jovens ainda pertencemos aos corpos sociais de uma colectividade de Santa Iria de Azóia – a 1º de Agosto Santiriense - apanhávamos o mesmo comboio, todas as manhãs, no apeadeiro de Santa Iria. Jerónimo já era então deputado. E era muito giro irmos de comboio, num compartimento sem bancos, que, creio, era destinado aos revisores.


Sigo a par e passo a actividade do secretário-geral do PCP; nomeadamente, aquilo que as televisões mostram e que eu consigo ver. É um homem sério, batalhador e generoso, que tem sabido granjear o respeito de muitos dos seus adversários políticos. De grande estatura moral e humana, Jerónimo desempenha o seu papel o melhor que sabe e pode, defendendo os interesses dos comunistas portugueses.


É certo que Jerónimo tem as suas limitações nomeadamente no plano discursivo, mas nem por isso deixa de se bater com galhardia com economistas, engenheiros e licenciados em direito para desespero de comentadores e profissionais da comunicação, que, amiúdo, lembram o chinquilho, os bailes populares, o carinho pelas colectividades de cultura e recreio, o prazer de um copo ou de uma boa comezaina. E agora há até quem lhe chame “habilidoso”, “ignorante”, “intuitivo” e outros mimos. Saídos das universidades, onde se formaram os sábios que conduziram o país à bancarrota, estes idiotas pretendem apenas achincalhar o homem, esquecendo-se que achincalham simultaneamente uma parte significativa do povo português. E não são só os votantes do PCP.


Pobres idiotas!

quarta-feira, maio 18, 2011

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 18 de Maio de 2011 – Desconheço qual seja a polémica do dia, neste tempo chamado pré-eleitoral. Ontem, falou-se copiosamente do programa “Novas Oportunidades” e o senhor Passos Coelho voltou a falar para que não digam que está calado. Novo tiro no pé.


Admito perfeitamente que haja algum facilitismo no programa “Novas Oportunidades”. Nenhum programa do género há-de atingir a perfeição absoluta; porém, desta vez até estou de acordo –oh, milagre dos milagres!- com o engenhoso Sócrates. De facto há que respeitar as pessoas que se esforçaram e obtiveram equivalência a um grau da escolaridade obrigatória. Só eu sei da indescritível alegria da minha vizinha Manuela, quando me disse, com um sorriso de enorme contentamento, que tinha obtido a equivalência ao 9º ano. De dia trabalhava no seu negócio e à noite ia estudar, quando teria sido muito mais fácil ter ficado no sofá a ver telenovelas.


Eu tenho um primo por afinidade, que foi meu condiscípulo de escola primária, que também obteve o 9º ano no âmbito deste socrático programa. E não tenho quaisquer dúvidas, que o meu primo, carpinteiro de profissão, tem conhecimentos mais do que suficientes para ter aquele grau de escolaridade. Ainda antes do cumprimento do Serviço Militar Obrigatório, emigrou para França onde começou a ganhar a vida aos dezasseis ou dezassete anos. Veio cumprir o SMO – esteve em Angola até princípios de 75 -, casou e voltou a emigrar para França e a partir deste país fez estágios na Argélia, no Egipto(!) e noutros sítios. Levou consigo uma cunhada com dois ou três anos, órfã, e em França lhe nasceram os dois filhos. Regressaram a Portugal e o meu primo por afinidade tornou-se empresário da construção civil, na área da carpintaria. A cunhada licenciou-se, a filha licenciou-se e o filho licenciou-se. E o Pedro trabalhou e educou da melhor forma aqueles que tinha ao seu cuidado. Vai fazer sessenta anos e decidiu dedicar-se apenas à sua quintinha e aos seus “hobbies”. Produz um vinho para consumo pessoal, que até rotula com esmero. Sempre foi um apaixonado pela fotografia.


Chegados aqui, há uma pergunta que não pode deixar de ser feita: poderá alguém, com um mínimo de bom senso, contestar a atribuição de uma habilitação equivalente ao 9º ano a um cavalheiro com um percurso de vida assim e com tantos saberes?

terça-feira, maio 17, 2011

SACAVÉM (parte baixa)




São estas casas, onde às vezes se vivem horas de grande aflição,

mormente quando o Trancão se liberta das apertadas

margens, que conferem o carácter à cidade.





sábado, maio 14, 2011

Comício da CDU em Santa Iria de Azóia





"Portugal não é um país pobre"

"O mar é uma riqueza imensa"

"O nosso subsolo é dos mais ricos da Europa"

Jerónimo de Sousa, em Santa Iria de Azóia.

domingo, maio 08, 2011

SENHORA DO ALMORTÃO





Senhora do Almortão,
Ó minha rosa encarnada,
Trata bem o São Romão,
Nunca lhe faltes com nada!


Vejo-te sempre solteira,
Tão bonita, tão vistosa.
Não há santinha na Beira,
Como tu tão virtuosa.

(inéditas)

terça-feira, maio 03, 2011

DUAS QUADRAS
Passei pelo blogue amigo
Do poeta João Teixeira;
Não vi lá campos de trigo,
Que ali é outra a sementeira.


Palavras bem arrumadas
E tão belas como as flores;
Estas ficam perfumadas,
Aquelas de muitas cores.

inéditas