Republicação
I
Ernesto
Tinha uma moto
E gostava
De viajar.
Ernesto sabia
De firme saber
Que a geografia
Se aprende
Em cada lugar.
Um dia,
Deixou mulher e filhos
E partiu.
II
A melancolia
Era só exterior.
Ernesto
Tinha
dentro de si
um indomável
corcel.
E um coração
Apaixonado
Como Carlos Gardel.
III
Cansado
Da pátria placidez
E de sonhos
A transbordar
Deixou mulher e filhos
Para não mais voltar.
E o ignoto médico dentista
- asmático por sinal –
Transformou-se
No símbolo
Da revolução universal.
1 comentário:
Eternizado por Alberto Korda ...
Tive vontade de continuar o poema mas contive-me:)
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