Santa Iria de Azóia, 11 de Outubro de 2007 - A França tem, a partir de ontem, um museu nacional da História da Imigração. Em Paris, no "Palais de la Porte Dorée". E pelos vistos, os "tugas" estão bem representados, a acreditar no DN.
A informação precedente é para Lídia Martinez, que vive no seu coin parisiense e não se dá conta destes eventos. A culpa não é de Lídia. A coisa fez-se com um certo secretismo, porque os tempos não estão de feição para os que procuram, actualmente, pão fora das fronteiras das suas pátrias. Este secretismo é apenas mais um sinal deste tempo iníquo que nos coube viver.
Há um paradoxo na minha relação com a França. Nunca percebi o fascinio que o país exerce sobre mim e o desamor que tenho pelos franceses. Um dia resolverei, teoricamente, este paradoxo, Lídia. Os franceses, na verdade, nunca gostaram dos portugueses. Gostavam do trabalho dos portugueses e do modo mais ou menos "guethizado" do nosso viver fora das fonteiras da pátria.
Hoje, as coisas não são diferentes. Houve apenas uma mudança qualitativa. Muitos portuguses tornaram-se empresários e influentes e já não são os patuscos dos anos sessenta. Acresce ainda o facto de muitos luso-descendentes ocuparem hoje altos cargos e possuírem "uma carta de identidade" da "République".
2 comentários:
manuel, bonsang de bonsoir, mais c'est bien sûr!
O museu, o tal, às escondidinhas...imagine que eu até fiz uma tentativa de les vender uma obra, porque eles tinham muitos milhares de euros e nao tinham artistas...e depois houve a bronca das demissoes... e eu a telefonar e eles nunca deram noticias!
E anteontem ouvi dizer que o Jacques Toubom (???? )nao sei escrever o nome, é o tal que dirige essa" cité" e nao musée...nuance les amis, ia abrir essa cité de l'émigration.Mas noa vi, li, passou nada aqui nem na TV, nem na arté culture!
Nem a embaixada me mandou nada, nem o Instituto camoes!!!!é o maximo...
bom vou visitar a cité e deposi digo, espiona!
merci de l'info manuel, até jà, beijinhos
LM
"A França é os Estados Unidos da Europa"
foi o que ele disse.
Há uma certa relação de amor-ódio em relação a França (posso escrever Paris?).
Mas não é assim com tudo na vida em relação a algo que não nos deixa indiferentes?
Um abraço Manuel.
Ausência com V na ponta.
À Lidia, já lhe escrevi esta manhã;)
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