Charneca da Cotovia, 5 de Outubro de 2007 – No fundo, o 5 de Outubro é um feriado nacional e uns quantos discursos repetitivos, previsíveis e inconsequentes. Antes do 25 de Abril, um pouco por todo o país, a data era aproveitada para a (re)afirmação dos valores da democracia e da liberdade. Realizavam-se jantares comemorativos, que eram vigiados pela polícia do contabilista de Santa Comba.
Este ano, o Senhor Presidente da República falou de EDUCAÇÃO. Disse coisas mais ou menos óbvias, que em princípio são aceites pela maioria da população: necessidade de estabilidade dos corpos docentes das escolas e empenhamento de professores, alunos e pais, no processo educativo.
Quanto à estabilidade, quer-me parecer que as novas regras de colocação de professores apresentam, à partida, um carácter positivo. Não agradarão a todos os professores, mas nesta como noutras matérias não haverá unanimidade.
Já o funcionamento da comunidade escolar – professores, alunos e pais –, vai contar com grandes dificuldades. A ESCOLA tem sido organizada em função dos interesses dos docentes, desde a elaboração de horários até às horas de atendimento dos pais e/ou encarregados de educação. E assim continuará a ser, se a gestão dos estabelecimentos escolares continuar entregue aos professores.
Do alto dos seus canudos, não fazem autocrítica e convivem mal com as críticas feitas ao seu trabalho por pais e/ou encarregados de educação. Por norma prestam mais atenção aos melhores alunos e preocupam-se pouco com os menos dotados. Os pais mais intervenientes são olhados de soslaio pelos directores de turma e pelos pais dos alunos com melhor aproveitamento. No interior das escolas, defendem-se corporativamente. Fui professor durante quinze anos e ainda sou encarregado de educação.
È justo que se reconheça, no entanto, que os professores têm sido maltratados pela 5 de Outubro. E não vai ser com a ministra Rodrigues que as coisas vão melhorar. Este socrático governo abomina os trabalhadores e os seus sindicatos representativos e os docentes não serão excepção à regra. E com o “super havit” de professores que vai por aí, é de louvar a coragem com que têm defendido os seus direitos.
Decorrente ainda das comemorações do 5 de Outubro e do seu tema central, a educação, há a realçar a tirada de Sócrates que exortou aqueles que dizem que a educação é cara a experimentarem a ignorância. Creio, todavia, que fez sua uma máxima sindical e tendo a pessoa em questão os sindicatos em tão má conta, melhor seria que argumentasse com ciência própria.
E era bom ainda, que o chefe do governo desse provas inequívocas de que tem a educação e a qualificação dos portugueses no rol das suas prioridades. E ajudasse a estimular o funcionamento da chamada comunidade escolar. Para bem de Portugal.
Pró ano há mais.
Este ano, o Senhor Presidente da República falou de EDUCAÇÃO. Disse coisas mais ou menos óbvias, que em princípio são aceites pela maioria da população: necessidade de estabilidade dos corpos docentes das escolas e empenhamento de professores, alunos e pais, no processo educativo.
Quanto à estabilidade, quer-me parecer que as novas regras de colocação de professores apresentam, à partida, um carácter positivo. Não agradarão a todos os professores, mas nesta como noutras matérias não haverá unanimidade.
Já o funcionamento da comunidade escolar – professores, alunos e pais –, vai contar com grandes dificuldades. A ESCOLA tem sido organizada em função dos interesses dos docentes, desde a elaboração de horários até às horas de atendimento dos pais e/ou encarregados de educação. E assim continuará a ser, se a gestão dos estabelecimentos escolares continuar entregue aos professores.
Do alto dos seus canudos, não fazem autocrítica e convivem mal com as críticas feitas ao seu trabalho por pais e/ou encarregados de educação. Por norma prestam mais atenção aos melhores alunos e preocupam-se pouco com os menos dotados. Os pais mais intervenientes são olhados de soslaio pelos directores de turma e pelos pais dos alunos com melhor aproveitamento. No interior das escolas, defendem-se corporativamente. Fui professor durante quinze anos e ainda sou encarregado de educação.
È justo que se reconheça, no entanto, que os professores têm sido maltratados pela 5 de Outubro. E não vai ser com a ministra Rodrigues que as coisas vão melhorar. Este socrático governo abomina os trabalhadores e os seus sindicatos representativos e os docentes não serão excepção à regra. E com o “super havit” de professores que vai por aí, é de louvar a coragem com que têm defendido os seus direitos.
Decorrente ainda das comemorações do 5 de Outubro e do seu tema central, a educação, há a realçar a tirada de Sócrates que exortou aqueles que dizem que a educação é cara a experimentarem a ignorância. Creio, todavia, que fez sua uma máxima sindical e tendo a pessoa em questão os sindicatos em tão má conta, melhor seria que argumentasse com ciência própria.
E era bom ainda, que o chefe do governo desse provas inequívocas de que tem a educação e a qualificação dos portugueses no rol das suas prioridades. E ajudasse a estimular o funcionamento da chamada comunidade escolar. Para bem de Portugal.
Pró ano há mais.
2 comentários:
Não se trata de "dar na cabeça", bem pelo contrário: dizia eu que se vêem as coisas muito bem do sítio onde tu as viste, embora não saiba onde fica essa Charneca da Cotovia.
Um abraço
João Teixeira
O sítio de onde se vê não é verdadeiramente importante. Importante é irmos reflectindo (este gerùndio é para ti)de forma livre e construtiva.
A Charneca da Cotovia é antes de chegar a Sesimbra. Tenho lá uma casinha pré-fabricada, no parque de campismo.
Inda lá hás-de ir comigo.
Um abraço,
Manuel
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