Santa Iria de Azóia, 20 de Outubro de 2007 – Vila Franca de Xira, a toureira, no dizer pitoresco de Garret, tem, a partir de hoje, um museu dedicado ao neo-realismo. Chamar-se-á Museu do Neo-Realismo. Finalmente, autores como Soeiro Pereira Gomes, Redol, Mário Dionísio, Manuel da Fonseca, Carlos de Oliveira, Sidónio Muralha e outros, terão ali um espaço que há-de ajudar a perpetuar as suas memórias. E também Joaquim Namorado!
Na verdade, só Vila Franca de Xira ou Alhandra mereciam este novo espaço museológico, pelas profundas relações que tiveram com Redol e Soeiro, respectivamente. E ainda pelo facto de ambas serem banhadas pelo Tejo, que serviu de espaço lúdico, de conspiração política e também narrativo, a muitos dos artistas que, comummente, são arrumados naquele movimento estético e ideológico.
O neo-realismo português tem, a partir de hoje, em Vila Franca de Xira, um museu que o há-de perpetuar. Ao contrário de outros períodos ou épocas da nossa literatura e/ou da nossa cultura. Não faltarão, decerto, os figurões do costume a tentar denegrir um dos movimentos literários e artísticos mais profícuos do séc. XX. Falarão das suas limitações estéticas, da obediência a uma determinada orientação ideológica, dos amanhãs que cantam, etc., como se as obras dos autores não fossem filhas da sua época, como notou, sabiamente, Júlia Kristeva.
Esta inauguração deveria ser também uma homenagem a Arquimedes da Silva Santos, natural da Póvoa de Santa Iria, que foi médico distinto, poeta inspirado e um cidadão impoluto e de grande humanidade. E um amigo das figuras gradas do neo-realismo. Mesmo sabendo nós que lhe foram feitas já diversas homenagens.
Na verdade, só Vila Franca de Xira ou Alhandra mereciam este novo espaço museológico, pelas profundas relações que tiveram com Redol e Soeiro, respectivamente. E ainda pelo facto de ambas serem banhadas pelo Tejo, que serviu de espaço lúdico, de conspiração política e também narrativo, a muitos dos artistas que, comummente, são arrumados naquele movimento estético e ideológico.
O neo-realismo português tem, a partir de hoje, em Vila Franca de Xira, um museu que o há-de perpetuar. Ao contrário de outros períodos ou épocas da nossa literatura e/ou da nossa cultura. Não faltarão, decerto, os figurões do costume a tentar denegrir um dos movimentos literários e artísticos mais profícuos do séc. XX. Falarão das suas limitações estéticas, da obediência a uma determinada orientação ideológica, dos amanhãs que cantam, etc., como se as obras dos autores não fossem filhas da sua época, como notou, sabiamente, Júlia Kristeva.
Esta inauguração deveria ser também uma homenagem a Arquimedes da Silva Santos, natural da Póvoa de Santa Iria, que foi médico distinto, poeta inspirado e um cidadão impoluto e de grande humanidade. E um amigo das figuras gradas do neo-realismo. Mesmo sabendo nós que lhe foram feitas já diversas homenagens.
1 comentário:
-Era o Cavaco Silva, não era?
- ...
-Nada, nada, estava só a perguntar.
Um abraço, Manel
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