Pró meu amigo Zé Baeta
Vivo com esta mania
Das moirinhas encantadas.
São restos da fantasia
Dos velhos contos de fadas.
Entre Silves e Granada,
Procuro as lindas gazelas.
Ò moirinhas de Granada,
doces, amáveis e belas!
Nas margens do rio Arade,
Dou largas ao desvario.
Ò divina Sherazade,
Salta das águas do rio!
Em Silves, com Ibn ‘ Ammâr,
Queria, se pudesse ser,
De moiras tagarelar
E um vinho doce beber.
Al Mu ‘Tamid saudar
com respeitosa emoção.
Poeta, mais devagar…
Ai, tanta divagação!
Isto é apenas a parte
Do que em Silves penso e sinto.
Oh, cidade prenhe de arte!
Oh, meu cálice de absinto!
3 comentários:
bonsoir manuel,
nao vai ser facil hoje comentar
ou conversar, greve total...
e cortam a electricidade.
Bonito poema sobre as moiras encantadas,hà dois anos fiz umas ilustraçoes par uma tese e apresentaçao da mesma na Gulbenkian aqui, nao sabia que as moiras apreciam ao pé das fontes e que tinham o corpo de serpentes!
Estava na ideia que viviam
no fundo dos poços e que subiam
ao luar pentear os longos cabelos, mas é mais complicado...se me lembrar levo para o manuel ver quando fôr ai no natal.
Baeta, tive um grande amigo Baeta, era Carlos, matou-se na marginal, naquela coisa que chamam os três pinheiros em Caxias...tinha fugido para Paris em 70, vim encontrà-lo aqui em 72.
FOmos sido colegas na Antonio Arroio!
Descobri vàrios amigos aqui dessa Escola tao especial.
Pois amanha Paris para de " viver " anda tudo a pé ou de bicicleta...
jà fui ver no site "musée de l'imigration" o que é ...và là dar uam volta, ok?
beijinnhos, estao a cortar permanentemente a corrente...até rima! um beijo, bonne nuit
Lidia
Oh Manuel, donde nos vem a atrcção pelas moiras encantadas?...Do Garrett, ou reminiscências mais antigas?!...
Um abraço!
Chegados aqui, nós já somos tanta coisa. O que ouvimos, o que lemos, o que visitámos e ainda o que intuímos. Ou não será a nossa cultura o somatório de tudo isto?
Garrett e Nobre e a História de Portugal, meu amigo!
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