sexta-feira, junho 01, 2012

DO MEU DIÁRIO

Há mesas portuguesas simples, mas muito dignas.
Santa Iria de Azóia, 1 de Junho de 2012 – Um tal António Borges, apresentado como reputado economista, recomendou hoje, ou ontem, tanto faz, o “abaixamento” dos salários dos portugueses. Prega bem Frei Tomás. Era bom que este homem que quer o empobrecimento dos portugueses e de Portugal, dissesse, de forma audível, quanto ganha por ser empregado e /ou consultor das mercearias Jerónimo Martins, e, simultaneamente, conselheiro do governo para as privatizações. Os portugueses precisam de saber como vivem os que receitam tais mezinhas.

De mezinhas se tratará, porque as receitas defendidas pelo senhor estão a dar o que dão na Grécia; e, ainda hoje, Teodora Cardoso dizia que a resolução do problema da economia portuguesa não passava pelo dito “abaixamento” dos salários, para não nos convertermos num país “do terceiro ou do quarto mundo”.

Eles sabem que o problema não é o custo do factor trabalho. Eles sabem, mas não lhes convém dizer, que o problema da competitividade se resolve com uma melhor qualificação dos portugueses e com a baixa do custo de outros factores de produção. Nomeadamente, o custo dos combustíveis e da electricidade.

António Borges, o “receitador” de salários de miséria deveria, durante cinco anos - ele e o seu clã – viver com o ordenado mínimo nacional. Só assim saberia como elas mordem como diz o povo.

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