sábado, junho 02, 2012

DO MEU DIÁRIO

Charneca da Cotovia, 2 de Junho de 2012 – Pedro Passos Coelho falou hoje de crescimento, tendo dito que a “coisa” está quase, quase a chegar. Eu também queria partilhar da crença de Pedro Passos Coelho, porque, talvez, o futuro fosse menos difícil para os portugueses, que têm sido castigados por este homem, sem dó nem piedade. E para mim também, claro. No entanto, como não sou dado a crendices, não acompanho Pedro Passos Coelho em matéria de crescimento económico.

Eu creio firmemente no crescimento do desemprego, no crescimento do empobrecimento dos portugueses, no crescimento das doenças do foro psiquiátrico, no crescimento da destruição do Estado social, que esta gente que nos governa, a nós e à Europa, parece querer levar até às últimas consequências, etc. No fundo, e vistas bem as coisas, eu nem sou um crente. Sou apenas um português que vê a vida a andar para trás, como para trás anda a vida da esmagadora maioria dos seus concidadãos.

Eu sei que Pedro Passos Coelho, que nos tem brindado com o corte de inúmeros direitos, tem necessidade de fazer o discurso da crença no crescimento, para melhor, pensa ele, nos poder brindar com o corte de mais direitos. É por isso que não posso acompanhar Pedro Passos Coelho na crendice do crescimento. Eu sei que não lhe faço falta no séquito, mas quero conceder-me a liberdade de dizer que não o acompanho.

Este é um direito que nunca me vai retirar.



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