Gosta o povo desta malta
De falajar fluido e forte;
Faz vénias aos da alta,
Aos do Sul e aos do Norte.
Vive sempre acocorado
Face à gajada do mando.
Fica em casa acagaçado,
Só reage de vez em quando.
Aceita o roubo e a pobreza
Como coisa natural.
E consente que a esperteza
Vá mandando em Portugal.
Venera beatos e santos
Aos quais roga protecção.
Adora rezas e prantos
E andar de chapéu na mão.
Um dia há-de acordar.
Precisa de um abanão
E aposto que há-de lutar
E à canalha dizer não.
Se lavas ou não no rio,
É coisa de pouca monta.
Quero-te cheio de brio,
Força, coragem e ponta!
2 comentários:
Vai um abraço, Manel?
O que a vida aconselha
face a muito mariola,
é pôr-lhes cuspo n’orelha
e sacar da “ponta… e mola”.
João Teixeira
Caro Amigo João,
Sim, sacar da ponta e mola
ou de outra arma qualquer.
Certeiro tiro de pistola
mata depressa e sem doer.
Manuel Barata
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