Santa Iria de Azóia, 30 de Maio de 2008 – Confesso que aprecio a prosa de Fernanda Câncio, que leio às sextas-feiras no “DN”. Porém, nem sempre concordo com as ideias defendidas. Foi o caso da crónica (?) de hoje, que vinha repleta de números para tentar explicar o inexplicável. A prosa de hoje, em boa verdade, não tinha a qualidade do costume.
Eu creio que Fernanda Cância terá algum mundo. Profissional da comunicação, deve conhecer, certamente, a generalidade dos países da EU. E nomeadamente a Espanha, a França e a Bélgica. E a questão do conhecer ou não conhecer é relevante para decidirmos acerca da pobreza. É que da leitura da crónica (?), fiquei com a sensação de que a fome grassa por essa Europa fora e que a situação em Portugal, mais pontinho percentual menos pontinho percentual, é semelhante à da Espanha e da França e melhor do que a da Bélgica.
Ainda que toda a realidade europeia me desagrade, mais a do centro e do sul, gostava de acreditar que os números de Fernanda Câncio espelham a realidade. Sei que a França atravessa um mau bocado; sei que a Bélgica não será o melhor dos reinos; sei até que o crescimento económico abrandou em Espanha. E porque sei e porque não acredito nos números, para mim a crónica (?) de Fernanda Câncio podia ter ser escrita por um qualquer Manuel Pinho ou por um qualquer Vieira da Silva se, acossados, se quisessem defender da acusação de maus desempenhos governativos.
O real, por vezes, não está na crueza dos números e para o apreender basta olhar com atenção e ser perguntador. Como Fernanda Câncio fez no seu penúltimo texto, no “DN”. E já agora: há alguma razão para acreditar que os números de 2005, 2006, 2007 e 2008, concernentes à pobreza em Portugal, são melhores do que os de 2004?
Eu creio que Fernanda Cância terá algum mundo. Profissional da comunicação, deve conhecer, certamente, a generalidade dos países da EU. E nomeadamente a Espanha, a França e a Bélgica. E a questão do conhecer ou não conhecer é relevante para decidirmos acerca da pobreza. É que da leitura da crónica (?), fiquei com a sensação de que a fome grassa por essa Europa fora e que a situação em Portugal, mais pontinho percentual menos pontinho percentual, é semelhante à da Espanha e da França e melhor do que a da Bélgica.
Ainda que toda a realidade europeia me desagrade, mais a do centro e do sul, gostava de acreditar que os números de Fernanda Câncio espelham a realidade. Sei que a França atravessa um mau bocado; sei que a Bélgica não será o melhor dos reinos; sei até que o crescimento económico abrandou em Espanha. E porque sei e porque não acredito nos números, para mim a crónica (?) de Fernanda Câncio podia ter ser escrita por um qualquer Manuel Pinho ou por um qualquer Vieira da Silva se, acossados, se quisessem defender da acusação de maus desempenhos governativos.
O real, por vezes, não está na crueza dos números e para o apreender basta olhar com atenção e ser perguntador. Como Fernanda Câncio fez no seu penúltimo texto, no “DN”. E já agora: há alguma razão para acreditar que os números de 2005, 2006, 2007 e 2008, concernentes à pobreza em Portugal, são melhores do que os de 2004?
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