Santa Iria de Azóia, 24 de Maio de 2008 – A selecção nacional está em Viseu, onde já chegara antes, muito antes, o poeta Daniel Abrunheiro. Não consta que tenha chegado de Bentley ou de Porshe e que tenha mirones e mais mirones atrás de si. Por norma, os poetas são discretos, porque a poesia não é desporto de massas. Exige um aparato teórico e técnico que talvez Jorge Valdano domine, mas que não está ao alcance das estrelas que brilham por estes dias, na cidade de Viriato.
Esta também não é a minha selecção. Selecção sem coluna, não é selecção. Mário Esteves Coluna, para quem não saiba, é o nome do grande capitão da selecção e do Benfica, dos idos de sessenta, que soube honrar a camisola das quinas e a da águia, sem nunca descurar as coisas verdadeiramente importantes, que o haviam de catapultar para cargos desportivos de tomo no seu Moçambique independente.
Assente a poeira, e liberta a cidade onde Simão Botelho se apaixonou fatalmente por Teresa Albuquerque, o poeta Daniel Abrunheiro por lá continuará a trabalhar, não gastando da fazenda da Pátria, mas enriquecendo-a com a abundância e qualidade dos seus versos. E também das suas crónicas, que saboreei durante a última madrugada.
A minha selecção não é a desse brasileiro astuto, que, como outros, trata muito bem da vidinha, seja a aconselhar a colocar bandeiras às janelas, seja a indicar-nos o nome do banco da sua preferência. Por mim, bem pode pedir à virgem de Caravaggio, porque eu, tal como os peixes, nunca me hei-de converter. Juro, Mestre Vieira!
Esta também não é a minha selecção. Selecção sem coluna, não é selecção. Mário Esteves Coluna, para quem não saiba, é o nome do grande capitão da selecção e do Benfica, dos idos de sessenta, que soube honrar a camisola das quinas e a da águia, sem nunca descurar as coisas verdadeiramente importantes, que o haviam de catapultar para cargos desportivos de tomo no seu Moçambique independente.
Assente a poeira, e liberta a cidade onde Simão Botelho se apaixonou fatalmente por Teresa Albuquerque, o poeta Daniel Abrunheiro por lá continuará a trabalhar, não gastando da fazenda da Pátria, mas enriquecendo-a com a abundância e qualidade dos seus versos. E também das suas crónicas, que saboreei durante a última madrugada.
A minha selecção não é a desse brasileiro astuto, que, como outros, trata muito bem da vidinha, seja a aconselhar a colocar bandeiras às janelas, seja a indicar-nos o nome do banco da sua preferência. Por mim, bem pode pedir à virgem de Caravaggio, porque eu, tal como os peixes, nunca me hei-de converter. Juro, Mestre Vieira!
2 comentários:
Mil gracias, mi Amigo.
Não tem de quê, Senhor Daniel!
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