Santa Iria de Azóia, 29 de Maio de 2008 – Algumas personalidades começam a ficar nervosas com a pobreza em Portugal. Até parece que estamos perante um problema novo e que anteriormente vivíamos no melhor dos mundos. Soares tocou a trombeta no “DN”. Alegre, bloquistas e dissidentes, vão reunir-se em comício para falar da crise social, em geral, e da pobreza, em particular. É o coro das virgens.
Neste Diário, que hoje grafo com maiúscula, tenho abordado amiúde os flagelos da nossa sociedade, com a promessa de bengaladas futuras no traseiro de alguns dos liberais que fazem opinião em Portugal. A crise dos combustíveis só pôs a nu, quão engravatada tem sido a nossa miséria. E o escândalo radica, fundamentalmente, no facto de sermos o país onde o tradicional fosso que separa os ricos dos pobres se ter transformado num abismo. Aquilo que se ia sussurrando é agora assumido por vastos sectores da sociedade, sendo indecorosa a posição do grupo parlamentar do PS e do seu chefe, o sempre enfático e enfatuado Alberto Martins, que suportam o insuportável governo Sócrates.
Neste momento já não há lugar para manobras de diversão. A realidade é o que é e a coisa já não vai lá com almofadinhas. Os pobres estão cada vez mais pobres, passe o cliché, e a classe média foi completamente esborrachada por esta governação. Afinal de contas, feitos os sacrifícios, encontramo-nos em piores lençóis do que antes desses mesmos sacrifícios.
Portugal merecia, Portugal merece mais e melhor!
Neste Diário, que hoje grafo com maiúscula, tenho abordado amiúde os flagelos da nossa sociedade, com a promessa de bengaladas futuras no traseiro de alguns dos liberais que fazem opinião em Portugal. A crise dos combustíveis só pôs a nu, quão engravatada tem sido a nossa miséria. E o escândalo radica, fundamentalmente, no facto de sermos o país onde o tradicional fosso que separa os ricos dos pobres se ter transformado num abismo. Aquilo que se ia sussurrando é agora assumido por vastos sectores da sociedade, sendo indecorosa a posição do grupo parlamentar do PS e do seu chefe, o sempre enfático e enfatuado Alberto Martins, que suportam o insuportável governo Sócrates.
Neste momento já não há lugar para manobras de diversão. A realidade é o que é e a coisa já não vai lá com almofadinhas. Os pobres estão cada vez mais pobres, passe o cliché, e a classe média foi completamente esborrachada por esta governação. Afinal de contas, feitos os sacrifícios, encontramo-nos em piores lençóis do que antes desses mesmos sacrifícios.
Portugal merecia, Portugal merece mais e melhor!
3 comentários:
Amigo manuel
como tudo isso é verdade!
Infelizmente vejo a mesma coisa aqui no meu bairro, agora tao chic...começei a observar as pesssoas a abrirem os caixotes e a recuperarem coisas...comida, claro.
Contei isso a uma amiga ontem, ela respondeu-me que eram" ecologistas"...????
nao eram pobres, os pobres nao se vêm.
O que acha desta?
nao lhe parece surrealista...?
Ecologistas, contra o desperdicio das nossas sociedades consumistas, andam agora às poubelles!!!
A minha alma anda parva!!!
Uma amiga das esquerdas...imagine se nao fosse!
OK, isto é tudo bem doloroso. Como estamos de novos poemas?
Jà deu com o cantinho do Victor e a dispersa palavra?
Bjos
LM
Olá, Amiga Lídia!,
Já visitei o cantinho do Vitor e tenho-o numa pasta especial. Gostei.
Pois é, andávamos todos convencidos de que éramos ricos e agora descobrimo-nos pobres. Isto é coisa muito séria. Ensina a História que a rua vai ter um papel decisivo.
Cá também se vai ao caixote do lixo de Monsieur le Maire e provavelmente aTÉ MAIS DO QUE AÍ EM fRANÇA. Mas a França era um país próspero e digno.
Tenho andado muito preguiçoso. Escrevo os textos para alimentar o blogue, faço algumas traduções e de vez em quando um poema ou outro. Vou publicar aqui algumas quadras mais ou menos populares.
Agora vou ouvir o manuel Alegre, que está na SIC-Notícias.
Beijinho,
Manuel
manuel, nao li o artigo de que fala mais acima, acredite que as pessoas aqui estao numa precaridade sem nome...
sobretudo mulheres.
Sozinhas, sem grandes meios, formaçao, com a familia a cargo, filhos e pais de idade...
elas là acarretam com tudo e ajudam, o que podem.
Este fim de semana vi uma reportagem...é melhor nem contar. Claro que é uma vergonha,
nao é so andar aos caixotes
aqui mesmo na rua onde cada vez
hà mais cafés a fingir antigos...
flores e arranjos, raminho a 25 euros freguês, batatinha a 4,OO, paozinho a 3, OO, e tudo isto ali ao pé, e a malta nas terrasses a pagarem 2 ou 3 euros pla bica. Depois nao me venham cà dizer que aqui o ordenado minimo...
eu sei, sei que que vivo num quarto-estudio(?), que tem de vivàvel entre 10 e 12 m2 e que que jà estou a pagar 5OO euros, mas é por que o bairro sobe?
Nao é porque estou aqui desde hà 26 anos! SEnao é 1.2000, por um quarto!
Como vivem as pessoas?
Na rua, nos carros e muitas sem familia para ajudar.
Bom, isto jà vai longo!
Descobri que nao era précaire,
sou mesmo pobre...
Beijos, fica a riqueza do mundo
à volta, o da amizade, arte, amor, coisas lindas que espero continuar a puder ver e sentir!
Bonne journnée!
LM
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