Mata, 1 de Dezembro de 2002 – O centro de Castelo Branco está irreconhecível. As obras do projecto polis arrancaram a trinta e nove à hora e para quem vem de visita é a barafunda geral. Quem quem se habituou a comprar jornais no Vidal ou no João, filho do velho Albino, está tramado. Não sei concretamente o que vai sair das obras. Não li nada, nem vi maquetas. Espero paulatinamente para ver o resultado final e desejo que estejam a ser rasgados caminhos para o futuro.
Um café na Colmeia e aí vai ele, J. A Morão abaixo, direitinho à Mata que nem um tiro. Sempre achei que a Mata é a minha pátria primeira. A ideia pode parecer extravagante, mesmo espatafúrdia, mas há entre mim e o espaço da aldeia uma identificação tão profunda, que a minha memória anda sempre em ebulição.
Bem vistas as coisas, vivi muito mais tempo noutros sítios do que na Mata. Castelo Branco, Paris, Luanda e Santa Iria de Azóia, consumiram quase quatro quintos da minha existência. E no entanto, à semelhança de Ulisses, é para a Mata que quero voltar. Para ter Castelo Branco por perto. E outros espaços da Beira, que são para mim um verdadeiro roteiro sentimental.
O ter vindo à Mata e a Castelo Branco, neste dia primeiro de Dezembro... Provavelmente, está escrito no livro grande.
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