Arruda-dos-Vinhos, 29 de Agosto de 2002 - A Fresca, à torreira do sol, confesso, não é nada agradável. Daqui vai a minha solidariedade para todos aqueles que têm de ganhar a vida, ora sob um sol inclemente, ora debaixo de chuva, ora vergastados pelo vento.
Arruda-dos-Vinhos tem crescido imenso nos últimos anos. A auto-estrada avança a olhos vistos, e, dentro de pouco tempo, a antiga vilazinha, situada a noroeste(?) de Lisboa, ver-se-á transformada numa cidade dormitório da capital do reino.
Que diria Irene Lisboa, se agora ressuscitasse, e quisesse visitar a sua Arruda natal, perante tanta construção? A pergunta é displicente, porque os Keil do Amaral já falecidos teriam atitude idêntica em relação a Camarate.
Sei perfeitamente que há planos directores municipais e a consciência cívica que se opõem ao crescimento sem regras. Sei igualmente do apetite voraz da rapaziada da construção. Quem ganhará esta guerra?
A Arruda ainda não está completamente descaracterizada, mas temo que isso venha a acontecer num prazo não muito dilatado. Os sinais são demasiado evidentes.
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