segunda-feira, junho 09, 2008

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 9 de Junho de 2008 – Minha mãe, naquela sua voz doce, dizia-me:”Hoje fazes anos, filho”. E eu fazia anos. E a vida corria, com as brincadeiras quotidianas, quase sempre as mesmas, sem festas ou quaisquer outras manifestações familiares ou de amigos. No fundo todos fazíamos anos e ninguém fazia anos, no sentido em que hoje se faz anos.

E nem por isso a minha infância foi menos feliz. Ainda hoje oiço a vozearia dos rapazes e das raparigas da minha aldeia, onde nada acontecia, para além das nossas brincadeiras pueris, tais como o eixo-ribaldeixo, a raposinha e as corridas com arcos ou com as jantes velhas das velhas pasteleiras.

E o tempo fluía, sem festas nem abundâncias, mas plácido e feliz, no nosso mundo, que era pouco mais do que as duas ruas e as nove casas do poema do Manuel da Fonseca.




4 comentários:

Anónimo disse...

Embora com algum atraso, aceita os meus parabéns. Beberei hoje à tua saúde e também à nossa amizade.
Antero

Manuel da Mata disse...

Obrigado, amigo Antero. Longa vida para ti e para a tua família, para que a nossa amizade possa crescer sempre e perdurar.
Abraço forte,

Manuel

Anónimo disse...

Que conte muitos, Manuel,junto da família e dos amigos.
Que a Vida vos seja plácida e feliz.

- Aniversário é o celebrar da Vida...
(...)
Um cartão esperado , escrito por mãos de Mãe...

Abraço,
MJ

LM,paris disse...

Fez anos mesmo neste dia? Parabéns manuel, meu amigo, muitos anos de vida!!!
Muitos poemas diàrios, em tudo o que o rodeia.
Saùde, saùde e saùde...lindo post, muito terno.
Um abraço, LM