5 QUADRAS
A Frei Perdigão
Num Inverno frio, em Braga,
Causou-me admiração
Ver sem meias e em sandálias
O rijo frei Perdigão,
Que ouvia com atenção
Os relatos das doenças
E abria seu coração
Sem pensar em recompensas.
Preparava aloés vero
Com tal carinho e rigor
Que vi no bom frade austero
Um retrato do Amor.
Feita a singela mistura
Dava sábias receitas,
A quem procurava a cura
De pavorosas maleitas.
Um dia, a Braga irei
Visitar Frei Perdigão.
Quando? Ainda não sei.
Num dia de Inverno, não!
3 comentários:
Bonjour amigo manuel,
que lindo! Gostei mesmo. Também acho que nao, é melhor nao ir là conhecer o homem com frio!
Lembra-se do livro do Fernado Campos" a cas do po", sabia que o tinha traduzido pra francês, com um amigo meu?
Pois havia là a historia do Frei Pantaleao...outro que andava se meias!
Bjos, um bom dia.
LM
Amiga Lídia,
Infelizmente, já conheci o Frei Perdigão.E encontrei lá gente muito importante. O xarope de aloé ou aloés já era conhecido dos faraós, na antuiguidade egípcia.
Quanto ao Frei Pantaleão de Fernando Campos, lembro-me bem dele. Não sabia que tinha traduzido a "Casa do Pó". Fernando Campos, que conheço há muitos anos, é um autor que estimo muito.Ofereceu-me, com uma bela dedicatória, "O Homem da Máquina de Escrever". Escrevi longos textos acerca dos seus romamces. Gosto muito da "Esmeralda Partida".
É o grande mestre do romance dito histórico. Que deus o conserve!
Gostei que tivesse gostado das minhas quadras, que vão sair a conta-gotas, até porque os "blogues" ou se alimentam ou se deixam morrer.
Falando de música: vamos Ter o Bob Dilan nas festas de Oeiras, brevemente. E outros dos que, foi o meu caso, conferiram algum sentido à minha adolescência e juventude.
Agora vou tratar da paparoca.
Beijinhos,
Manuel
Bon appetit!
Dylan em Oeiras!!!!
Mas que bom, também para mim foi e continua a ser um musico importante.
Vai ouvi-lo?
Depois conte. Bjos e boa noite. LM
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