quinta-feira, junho 12, 2008

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria (vista do castelo de Pirescoxe)


Oeiras, 9 de Junho de 2008 – José Gomes Ferreira, Zé Gomes para os amigos, completaria hoje a bonita idade de cento e oito anos. Nasceu a 9 de Junho de 1900, na Rua das Musas – o que não deixa de ser premonitório –, na cidade do Porto. Mas cedo veio para Lisboa e foi na capital do reino – nesta cidade a quem o Tejo, lambe os pés, ternamente –, que se fez Homem e um dos poetas mais peculiares do seu tempo.

Eu revisito amiúde os poetas e os prosadores que mais amo ou amei. E José Gomes Ferreira, de quem tenho toda a poesia publicada, em mais do que uma edição, encontra-se no rol dos meus eleitos. Nunca chegámos à fala, apesar de o ter esperado durante horas, na Sociedade Recreativa e Musical 1º de Agosto Santa Iriense, no final dos anos setenta do século passado, para uma sessão cultural dedicada à literatura. Viria de Alhandra, a toureira, no dizer bem-humorado de Garrett, mas não veio. Do grupo só apareceu Arquimedes da Silva Santos, grande homem, médico e poeta, que pertenceu ao grupo do Novo Cancioneiro. E que tem vivido sempre na Póvoa de Santa Iria, no incontornável concelho de Vila Franca de Xira.

E tudo isto, para vos dizer que nasci 52 anos, exactamente cinquenta e dois anos, depois de José Gomes Ferreira. Numa segunda-feira, já o sol ia alto, no dizer de minha mãe.

Dia de chuva, curiosamente
!

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