Santa Iria de Azóia, 30 de Dezembro de 2007 – Só hoje tive tempo e pachorra para pegar no “JL”, que continuo a comprar com regularidade, mas que leio agora apressadamente. Excepções: Eduardo Lourenço e Guilherme de Oliveira Martins.
Detive-me no tema desta quinzena, “Gastronomia e Literatura”, porque continuo muito sensível em relação às coisas do paladar. Durante a leitura veio-me à memória uma sopa de feijão encarnado, que comíamos na época da Páscoa. Para além do feijão encarnado, na confecção desta sopa entravam a couve criada no quintal, apanhada folha a folha, e que era esfarrapada para a panela de ferro, uma massinha de cotovelo e uma batatinha esmagada com um garfo na colher de pau. Como não havia passador nem trituradora, era possível saborear cada um dos ingredientes de per se. A cozedura processava-se lentamente, aproveitando o lume da lareira. Esta sopa era enriquecida, muitas vezes com enchidos, que depois comíamos, separadamente, com pão. Para mim, aquela sopa feita por minha mãe, era melhor que a canja de Tormes.
Retomando o fio à meada, acho graça à rubrica os livros da minha vida, onde aparecem sempre alguns nomes repetido, quer entre os nacionais, quer entre os estrangeiros: Sófocles, Cervantes, Shakespeare, Youcenar, Joyce, Camões, Bernardim, Eça, Saramago, Lobo Antunes, etc. Neste número não figurava Saramago, mas aparecia Camus. Tudo bem. Temo apenas que se leiam permanentemente os mesmos, em detrimento dos talentosos autores actuais. Se um dia me perguntarem, hei-de falar de António Vieira, Manuel Bernardes e Amador Arrais.
Detive-me no tema desta quinzena, “Gastronomia e Literatura”, porque continuo muito sensível em relação às coisas do paladar. Durante a leitura veio-me à memória uma sopa de feijão encarnado, que comíamos na época da Páscoa. Para além do feijão encarnado, na confecção desta sopa entravam a couve criada no quintal, apanhada folha a folha, e que era esfarrapada para a panela de ferro, uma massinha de cotovelo e uma batatinha esmagada com um garfo na colher de pau. Como não havia passador nem trituradora, era possível saborear cada um dos ingredientes de per se. A cozedura processava-se lentamente, aproveitando o lume da lareira. Esta sopa era enriquecida, muitas vezes com enchidos, que depois comíamos, separadamente, com pão. Para mim, aquela sopa feita por minha mãe, era melhor que a canja de Tormes.
Retomando o fio à meada, acho graça à rubrica os livros da minha vida, onde aparecem sempre alguns nomes repetido, quer entre os nacionais, quer entre os estrangeiros: Sófocles, Cervantes, Shakespeare, Youcenar, Joyce, Camões, Bernardim, Eça, Saramago, Lobo Antunes, etc. Neste número não figurava Saramago, mas aparecia Camus. Tudo bem. Temo apenas que se leiam permanentemente os mesmos, em detrimento dos talentosos autores actuais. Se um dia me perguntarem, hei-de falar de António Vieira, Manuel Bernardes e Amador Arrais.
1 comentário:
Bom dia Manuel
Estava aqui a pensar que esta sopa vinha mesmo a jeito para o almoço!
Depois de fazer a leitura do último Diário, perdi (me) (n)a meada das palavras, nem sei bem em que parágrafo...
Pela(s) Literatura(s) mesmo.
Afinal vim encontrar aqui o fio - à meada.
(Acho que por causa das couves)
Bom Sábado e Domingo
Abraço
MªJ.
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