quarta-feira, abril 13, 2011

DO MEU DIÁRIO

Lisboa, 12 de Abril de 2011 – Eu não conheço o meio literário português – e, provavelmente não teria que conhecer -, pois nunca senti grande curiosidade em relação à “coisa”. Até deixei há anos de adquirir e ler com regularidade o JL, que, não sendo nada do outro mundo, sempre é o melhor que temos do género. Portanto, não me sinto habilitado a dizer mal ou bem, apesar dos sinais que vou mentalmente compilando, colhidos aqui e ali.

Tenho algumas ideias acerca da denominada Teoria da Literatura, incluindo a célebre Teoria da Recepção, e também alguns saberes filológicos, mas nada que me habilite a dizer mais do que “gosto” ou “não gosto”. E pertenço àquele conjunto de indivíduos que sempre olhei para os estudos literários como uma coisa séria, naturalmente, mas sem qualquer carácter científico.

Eu não sei bem o porquê deste texto. Às vezes acontecem-nos coisas mais ou menos inesperadas e creio que este texto se inscreve no imenso rol das coisas inesperadas. Mas se calhar era só para dizer que, de António Lobo Antunes – ALA para fãs e amigos -, só fixei o nome de uma personagem, um tal Dr. Francisco; e, provavelmente, porque tinha a ver com a História do regime do contabilista do Vimieiro. É que eu seu um tipo fora de moda, que ainda gosta dos autores que nos deixam personagens. Pois, assim como Baltazar e Blimunda.

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