Santa Iria de Azóia, 4 de Abril de 2011 – A situação económico-financeira de Portugal é dramática. Talvez hoje muito mais do que ontem, mas que importa tudo isso aos rapazes que são governo e àqueles outros rapazes que se preparam para o ser, se as suas vidas estão orientadinhas e os seus patrimónios lhes garantem um futuro sem grandes preocupações?
Preocupações, e grandes tenho-as eu, que qualquer dia sou um sexagenário e ainda não tenho estatuto nem conta bancária farfalhuda, cá ou algures, que me permita encarar o futuro com risonho optimismo. Concedo que fui sempre um rapaz bisonho, ou seja, sem destreza e sem arte para grandes competições, apesar de ter entrada para a função pública mediante concurso público e ter sido o terceiro, com a mesma nota do segundo, com um pavilhão da antiga FIL cheia de candidatos. Ah, se tivesse sido nomeado, outro galo cantaria!...
As minhas doentias preocupações radicam neste mal-estar quotidiano que os agiotas produzem e as televisões multiplicam e ainda, e sobretudo, no facto de ninguém parecer disposto a dizer: chega! O José, que preside ao ministério e que porventura ainda acalenta esperanças de voltar a presidir, não está na disposição de querer entregar o ouro ao bandido; e o Pedro, digo o, porque me entra pela casa dentro várias vezes ao dia, mandou abaixo o governo do José e não tinha, e continua a não ter, nada para nos oferecer em troca, para além de promessas vagas de que quer fazer melhor.
É certo que eu já estou mais do que farto de José; porém, também já estou farto de Pedro, porque ambos contribuem para este clima deletério em que Portugal e os portugueses definham. O que é que será preciso fazer para correr com José e Pedro e ousar algo de novo para Portugal? E para que serve aquele senhor que diz que é mais correcto dizer éfffffffffffffffffff, éééééééééé´, éfffffffffffffff, éééééééééé´ e não FMI?
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