quarta-feira, dezembro 22, 2010

DO MEU DIÁRIO

DAS SUAS MÃOS BROTAVAM OS FRUTOS

Santa Iria de Azóia, 22 de Dezembro de 2010 – Meu pai, se não tivesse ido com as aves à descoberta do vasto céu, poderia estar ainda entre nós. Completaria hoje oitenta anos e estaríamos todos juntos, no próximo fim-de-semana, para os festejar. Fora assim anos a fio e a tradição havia de se manter.
Por incúria alheia, e também por desistência pessoal, deixou-nos com tristeza, certamente, mas sem lamúrias. Conhecera o sofrimento desde criança, pois o reumatismo e a ciática e outras dores dos ossos sempre o apoquentaram muito. A tudo foi resistindo com coragem, até ao aparecimento de uma doença da moda, como se diz eufemísticamente, que o havia de esbarrondar para sempre.
Embora temperamental, tinha um coração largo. E é esse coração largo e generoso que hoje recordo aqui comovidamente.

1 comentário:

João de Sousa Teixeira disse...

Em sua memória, um Natal bom para ti e toda a tua família!

Abraço
João