Santa Iria de Azóia, 27 de Dezembro de 2007 – Mais palavra menos palavra, o senhor ministro Campos, responsável pela saúde dos portugueses, disse, e eu ouvi numa das televisões, que o criticavam, porque tinha mexido em certos interesses.
Eu vivo numa paróquia da grande Lisboa, de seu nome Santa Iria de Azóia, onde outrora se travaram grandes batalhas pela democracia e mais tarde pela defesa das conquistas de Abril. E aqui em Santa Iria, na verdade, o senhor ministro Campos mexeu com os utentes do SNS, quando transferiu os SAP para Moscavide, onde é atendida a população de Loures Oriental. Aqui em Santa Iria, o senhor ministro Campos mexeu no tempo, na comodidade e no bolso dos mais humildes.
Na Constituição-33, que Salazar, generosamente, outorgou ao povo português, e que nos governou até 25 de Abril de 1974, havia um artigo que dizia mais ou menos isto: os superiores interesses da Nação estão acima dos interesses individuais e colectivos. Salazar tinha da nação um conceito abstractíssimo, como se a dita nação não fosse uma comunidade composta por indivíduos, ligados entre si por um conjunto comum de aspirações, um território, uma língua e uma História. Ainda que o território e a língua não sejam decisivos na definição de nação.
As decisões do senhor ministro Campos são mais comezinhas. Têm a ver com o défice das contas públicas e com os compromissos do PEC. É que esta coisa da Europa, que deu subsídios a muitos tratantes, exige que se corte nas despesas do Estado. E então corta-se cegamente, sobrepondo o défice e os compromissos europeus aos interesses da comunidade. Até um dia, que esta coisa não vai durar mil anos!
Eu vivo numa paróquia da grande Lisboa, de seu nome Santa Iria de Azóia, onde outrora se travaram grandes batalhas pela democracia e mais tarde pela defesa das conquistas de Abril. E aqui em Santa Iria, na verdade, o senhor ministro Campos mexeu com os utentes do SNS, quando transferiu os SAP para Moscavide, onde é atendida a população de Loures Oriental. Aqui em Santa Iria, o senhor ministro Campos mexeu no tempo, na comodidade e no bolso dos mais humildes.
Na Constituição-33, que Salazar, generosamente, outorgou ao povo português, e que nos governou até 25 de Abril de 1974, havia um artigo que dizia mais ou menos isto: os superiores interesses da Nação estão acima dos interesses individuais e colectivos. Salazar tinha da nação um conceito abstractíssimo, como se a dita nação não fosse uma comunidade composta por indivíduos, ligados entre si por um conjunto comum de aspirações, um território, uma língua e uma História. Ainda que o território e a língua não sejam decisivos na definição de nação.
As decisões do senhor ministro Campos são mais comezinhas. Têm a ver com o défice das contas públicas e com os compromissos do PEC. É que esta coisa da Europa, que deu subsídios a muitos tratantes, exige que se corte nas despesas do Estado. E então corta-se cegamente, sobrepondo o défice e os compromissos europeus aos interesses da comunidade. Até um dia, que esta coisa não vai durar mil anos!
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