quarta-feira, dezembro 31, 2008

MANUEL BARATA

PALESTINA MINHA AMADA
1980
I

(Jerusalém é o teu nome cidade)
Ruy Belo

Trazemos nas veias
A cor das tuas pedras mártires.

Por isso perseveramos,
Por isso te amamos,
Por isso continuamos a morrer por ti.


II

No sul do Líbano,
Na faixa de Gaza,
Nas margens do Jordão,
Na diáspora multicontinental,
Choramos em silêncio as tuas mágoas
Cidade mãe,
Cidade santa,
Jerusalém.

(Porque tu choras
As nossas mágoas também).



III

Não haverá napalm,
Não haverá TNT,
Não haverá traição,
Que ponham fim
A esta vontade desmedida de vencer.

E um dia,
Pela estrada de Jericó,
Voltaremos:
A Ramala,
A Belém,
A Lida,
A Jerusalém.

Para comer laranjas em Jafa!,
Laranjas doces e suculentas,
Porque em todo o mundo
Não há laranjas como as de Jafa.



3 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia Manel
A loucura continuará por mais alguns tempos, que a sensatez não abunda e para aquelas bandas muito menos. E muitos continuarão a sofrer, sobretudo os que vivem "num país de pedras", como dizia Mahmud Darwich, o poeta errante que cantava: "A minha pátria é uma mala de viagem".
Bom ano e bons versos, Manuel Barata

Manuel da Mata disse...

Boa noite Albano,

Às vezes, sinto uma certa nostalgia, quando rememoro tempos idos. Aquele ano de 1972, quando viemos para Lisboa; 1976/77, quando nos encontrávamos na Nova Iorque e na Grã-Fina. Era a Catarina, que não voltei a ver, bebé.Bebíamos copos de cerveja e dizias versos meus.
Agradeço o teu comentário e os votos formulados. Tudo a dobrar para ti. E boas crónicas.

Abraço,
Manuel

Manuel da Mata disse...

Boa noite Albano,

Às vezes, sinto uma certa nostalgia, quando rememoro tempos idos. Aquele ano de 1972, quando viemos para Lisboa; 1976/77, quando nos encontrávamos na Nova Iorque e na Grã-Fina. Era a Catarina, que não voltei a ver, bebé.Bebíamos copos de cerveja e dizias versos meus.
Agradeço o teu comentário e os votos formulados. Tudo a dobrar para ti. E boas crónicas.

Abraço,
Manuel