Para a ALex, com amizade.
A forma como Sesimbra se senta à volta daquela enorme laje azulada que é o mar, confere-lhe um carácter único. Esta imagem não é original. Pertence a Miguel Torga que escreveu: "Sesimbra,16 de Março de 1988: O Mar. Uma lareira com outras labaredas e o mesmo fascínio"(Diário, volume XV, 1ª ed., pág.96, Coimbra, 1990).
Lareira, no entanto, terá de ser entendida como o lugar onde se senta toda a família, procurando aconchego, o caldo quente e uma aprazível cavaqueira.
O mundo muda e Torga, no seu proverbial pessimismo, acharia que Sesimbra, por força do cimento e do tijolo se descaracterizou. É verdade que se construíu demasiado e que ganhou novos habitantes, vindos sabe-se lá donde, mas o que é facto incontroverso é que Sesimbra continua a preservar muitos dos seus traços distintivos: os odores, o falar, a culinária, e, sobretudo, os homens do mar, quais Penélope, permanentemente de volta das suas redes e dos seus utensílios da faina. É por estar ali sentada à volta da lareira e por preservar as suas melhores tradições, que Sesimbra exerce sobre o visitante um enorme e indizível fascínio.
5 comentários:
Vinha deixar os bons dias ... que surpresa boa Manuel.
Belas palavras para uma bela terra.
Deu-me saudade de me sentar na muralha a contemplar o mar e os pescadores!
Obrigada Manuel, um excelente fim de semana.
Alex,
A generosidade paga-se com generosidade. É a minha forma peculiar de estar na vida.
Com o meu amigo mais amigo, ajudei a construir uma amizade que já leva quarenta anos!
Vou para Castelo Branco fazer fotografias. Bem haja pelos comentários e bom fim-de-semana.
Um abraço,
Manuel
Olá Manuel da Mata!
Daqui a dois dias estou de férias.
Um abraço do Eduardo
E penso que são merecidas. Boas férias Eduardo e muita saúde.
Um abraço,
Manuel
Fotografias de Castelo Branco.
Terra da minha mãe.
Esperamos pelas imagens.
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