sexta-feira, agosto 17, 2007

CONFISSÃO

Ensinei gramática
como manda a lei;
mas às vezes,
tinha vontade
de tudo subverter.

Era a força da criação,
irrefreável,
a tomar conta de mim.

E por vezes,
generosamente,
ensinei a transgredir.

3 comentários:

José Antunes Ribeiro disse...

É preciso transgredir como não manda a lei...mesmo em literatura, ou não?!
Um abraço dominical, por enquanto!

Manuel da Mata disse...

A literatura , e a poesia em especial, é o reino da transgressão.
Nos outros domínios a transgressão é mais complicada. Por vezes, as consequências são
complicadas.
Mas os que transgrediram, consciente e sistematicamente, de um modo geral, trataram sempre bem das vidinhas.
Curiosamente, não encontrei nada sobre esse tal Agostinho Fernandes. O meu sogro também nunca ouviu falar.
Entrei no sítio da Martim e gostei, mesmo não percebendo tudo. Como sabes, continuo sem saber falar a língua do dono.
Abraço,
Manuel

Alex disse...

Nem a propósito ...
Boa noite Manuel!

Acabei de deixar em casa do Zé um texto sobre a forma da nossa escrita. Ficaria bem aqui também ...

Quer vir lê-lo? Quem sabe o Zé nos oferece um café enquanto conversamos sobre a transgressão das palavras:)

Vocês são dois amigos muito especiais.
Obrigada!