POEMA
companheiro!
chegou a hora de juntar
as pedras
e chama-las pelos nomes,
antes que os rios enlouqueçam
e a terra fique seca
como a pele dos sapos.
Um dia
Tiraremos vinho do cotovelo
-sobretudo tinto-
quando as torres das catedrais
forem pássaros de cristal
a cortar o silêncio
de uma gota de água
a cair na areia.
Como vagabundos
sem dinheiro
em cada madrugada
faremos a lenta travessia
entre o deserto
que estreita o futuro
e a arca de porcelana
onde guardamos
os sonhos.
-em nome da paciência
e pelas casas que o teu
construiu
no tempo em que as cerejas
não tinham vergonha
de amadurecer em Maio.
Com um grande abraço de PARABÉNS
Massamá, 09 de Junho de 2011
Manuel Ribeiro Vaz
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