quarta-feira, junho 22, 2011

DO MEU DIÁRIO

Orly

Lisboa (aeroporto), 17 de Junho de 2011 – 9h45. O avião permanece em terra. No mínimo, partiremos com vinte minutos de atraso. Se cada minuto deste atraso correspondesse a um ano de nosso atraso em relação aos nossos parceiros mais avançados da Europa, poder-se-ia dizer que andamos vinte anos atrasados.


Paris (Orly), 17 de Junho de 2011 – Vinte minutos à espera por um espaço e por uma escada para sair do avião. O comandante (João Couceiro) vai, fazendo o seu trabalho, debitando estas preciosas informações. Tempo cinzento e ameaçador, nos arredores de Paris.


Finalmente, o espaço e a escada para a saída. Todos para o autocarro, que a Gália não é diferente da Lusitânia!


Odisseia nos transportes públicos até Porte de la Villette, que é nas portas da cidade que os viajantes mais pobres se podem albergar.


Jantarinho no coração da movida parisiense – a dois passos do Boulevard Saint Michel - , alinhando numa daquelas sugestões escritas a giz na ardósia: “petite salade, agneau et verre de vin”. O coração de Paris - S. Michel e Saint Germain – está repleto de restaurantes para turistas e estudantes, que, no caso vertente, é quase a mesma coisa.Restaurantes chineses, japoneses, turcos, espanhóis de tapas e também da boa e celebrada comida tradicional francesa. Um dia encontraremos por ali um Tico-Tico e /ou uma lusa churrasqueira, onde se hão-de celebrar os santos populares de Lisboa, no mês de Junho.


23h00. Nova pancada de água e regresso de metro ao hotel. Na rua de Rivoli há agora inúmeros semelhantes nossos que passam a noite a céu aberto, embrulhados em cobertores e sei lá eu que mais. É a França de Sarkozi e dos seus amigos de direita, que já não faz jus à tradicional tríade: liberdade, igualdade e fraternidade.

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