Santa Iria de Azóia, 28 de Maio de 2011 - Eu acho que o dia 28 de Maio, de tão má memória para Portugal, não é dia para se nascer. Quis o acaso, que agora as coisas até podem ser programadas, que o meu amigo Carlos Godinho nascesse neste dia. Hei-de chateá-lo toda a vida com a data do seu nascimento, apesar de não ter sido chamado a pronunciar-se, como tão sabiamente escreveu António Gedeão.
Estou de partida para o Cartaxo, terra que conheço mal, a fim de almoçar com amigos do meu sogro, que, vistas bem as coisas, também são meus amigos. E se há valor que eu preze, sobre quase todos os outros, esse é indiscutivelmente a amizade. No Cartaxo, faremos honra ao vinho local com uma saúde para todos os presentes e ausentes, que nossos familiares ou amigos sejam. Até ao Cartaxo, pois, e de carro, que os tempos já não são os de Garrett, que me ensinou a fazer estes excursos nas suas célebres “Viagens”.
E para o Cartaxo, pois, longe deste quotidiano acinzentado, em que os auto-intitulados partidos do arco da governação nos omitem toda a extensão da desgraça que aí vem. Discutem todos as tricas deles, mais ou menos artificiais, ou seja, as “pentelhices, para usar a linguagem colorida do catedrático a tempo 0%. Que parte das responsabilidades são de Sócrates não tenho quaisquer dúvidas; porém, também são de quem lhe prolongou a governação e esta obstruiu, não aceitando a vontade do povo, expressa livremente em 2009.
Um bom dia, Carlos Godinho! Um bom dia Teresa Guerreiro!
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