ANTÓNIO GEDEÃO
Torres Vedras, 19 de Fevereiro de 1997 - António Gedeão, poeta de mensagem facilmente apreensível, pereceu ontem no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Nos próximos dias, os jornais, a rádio e a televisão, falarão com grande cópia do autor da “Pedra Filosofal”, que um “baladeiro” dos anos sessenta – e que ainda vai aaparecendo -, popularizou e trouxe ao convívio do grande público.
Nos próximos dias, os jornais, a rádio e a televisão, falarão com grande cópia do autor da “Pedra Filosofal”, que um “baladeiro” dos anos sessenta – e que ainda vai aaparecendo -, popularizou e trouxe ao convívio do grande público.
Passado o luto, abater-se-á sobre este autor de mensagem fácil, um silêncio de chumbo. É que poetas como Gedeão, que o povo ouve e estima, são muito perigosos. E depois, poesia que não for essencialmente forma não merece o interesse dos nossos iluminados críticos e dos nossos inefáveis professores universitários.
Que a ninguém pareça mal, mas não resisto a transcrever três versos de António Gedeão, que são a medida de uma incomensurável tolerância:
Ajuda-me a esquecer as tuas faltas
e a ignorar os teus crimes
para melhor te amar.
( do poema “espelho de duas faces”)
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