sábado, maio 22, 2010

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 21 de Maio de 2010 - Vai-se discutindo o futuro do livro tal como o conhecemos hoje, com argumentos bons e maus e mesmo com não-argumentos. Eu confesso sem quaisquer constrangimentos que já leio menos do que lia, ainda que tenha centenas de romances para ler. Nunca fui um leitor compulsivo e nunca lia trinta e nove à hora. Apesar dos medos, e um deles é a internete (deixem-me lá usar o neologismo), nunca se produziu tanto livro como nos tempos que correm.

E a provar que o negócio não é mau, aí estão as grandes editoras, pujantes e endinheiradas, sempre prontas para investir neste ou naqueloutro segmento do mercado. E mesmo os pequenos editores, choramingões, lá vão resistindo e alguns rindo do que se vai escrevendo da crise de vocações para a leitura. Poucos, porque também os há, fecham as portas e dedicam-se a outras culturas.

E há também os livreiros, organizadores de feiras, aqui e além, que vão ganhando paulatinamente a vida, comprando restos de edições por tuta-e-meia e tentando vender pelo melhor preço. É gente que, diz-se, não gosta muito de livros. E há os ALFARRABISTAS, que gostam de livros e deles sabem falar com interesse, com eles ganhando também a vida como os anteriores, entre os quais podemos encontrar verdadeiros sábios.

Cá para mim o problema é mesmo de espaço, porque os livros são uns trastes que se insinuam insidiosamente e nos roubam quotidianamente o espaço.

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