O MEU TEMPO É OUTRO
I
E logo hoje,
Que eu precisava tanto de um dia azul,
Alegre e límpido,
(oh, se precisava!)
A Natureza me submerge de cinzento,
Tristeza e bruma.
Que mal te terei feito,
Pergunto-te,
Para me tratares assim,
Ó grande Mãe?!
Porque contrarias,
Tão pertinazmente
Os meus desejos simples
De azul, alegria e limpidez?
Porquê?
II
Eu aprecio imenso
As fotografias geladas
E brumosas
Dos blogues da Papu
E do Daniel Abrunheiro.
Porém,
Trago em mim a ansiedade
Das amendoeiras floridas
No fim de Fevereiro.
III
Definitivamente,
O meu tempo é outro:
Abril
Com suas águas mil
(ó grande António Machado!);
Maio
Com todas as flores;
Junho
Com os primeiros figos
E cerejas maduras.
Definitivamente,
O meu tempo é outro.
1 comentário:
e que direi eu, que ando para aqui no meio delas (das brumas)?
gostei imenso, Manuel. Um abraço
Enviar um comentário