Santa Iria de Azóia, 4 de Março de 2010 – Hoje estou a cumprir um dia de greve, que é provavelmente o último que cumprirei, na qualidade de funcionário público. E estou feliz, porque é a melhor forma de dizer aos trastes que vociferam todos os dias contra os funcionários públicos, de um modo geral por inveja, que tudo tem um limite. E queria aqui dizer, preto no branco, que o primeiro grande ataque contra os funcionários públicos foi lançado pela paladina da verdade e da transparência, drª Ferreira Leite.
Eu sei bem que o Estado é demasiado grande e que uma máquina assim não é eternamente sustentável; no entanto, quero aqui declarar solenemente que não fui eu que mandei abrir concursos ou criei situações de facto que levaram a admissões na administração pública. A culpa tem que ser atribuída aos sucessivos governos do PS, PSD, PS e PSD, PDS e CDS e também do PS e CDS, porque têm sido estes partidos que têm governado Portugal desde 1976 do pretérito século.
Admito que é necessário fazer correcções. Admito. Porém, essas correcções hão-de ser feitas de forma equilibrada e não fazer pagar a uma parte dos trabalhadores os desvarios dos governantes, ao longo de décadas. A fórmula negociada anteriormente, e que previa um regime de transição para as aposentações até 2014, parecia-me razoável, do mesmo modo que me pareceria razoável que as pensões concedidas no passado podiam ter sido calculadas de modo diferente, ou seja, tendo em conta a sustentabilidade futura. Portugal é o país do oito e do oitenta!
D. Pepe saiu à rua. E lá anda na sua vidinha, enquanto o dono, com a perda de um dia de vencimento, vai ajudar a resolver a questão do défice. Mas esta é uma questão de humanos, na qual D. Pepe, o gato mais afável que conheço, teima em intrometer-se.
Eu sei bem que o Estado é demasiado grande e que uma máquina assim não é eternamente sustentável; no entanto, quero aqui declarar solenemente que não fui eu que mandei abrir concursos ou criei situações de facto que levaram a admissões na administração pública. A culpa tem que ser atribuída aos sucessivos governos do PS, PSD, PS e PSD, PDS e CDS e também do PS e CDS, porque têm sido estes partidos que têm governado Portugal desde 1976 do pretérito século.
Admito que é necessário fazer correcções. Admito. Porém, essas correcções hão-de ser feitas de forma equilibrada e não fazer pagar a uma parte dos trabalhadores os desvarios dos governantes, ao longo de décadas. A fórmula negociada anteriormente, e que previa um regime de transição para as aposentações até 2014, parecia-me razoável, do mesmo modo que me pareceria razoável que as pensões concedidas no passado podiam ter sido calculadas de modo diferente, ou seja, tendo em conta a sustentabilidade futura. Portugal é o país do oito e do oitenta!
D. Pepe saiu à rua. E lá anda na sua vidinha, enquanto o dono, com a perda de um dia de vencimento, vai ajudar a resolver a questão do défice. Mas esta é uma questão de humanos, na qual D. Pepe, o gato mais afável que conheço, teima em intrometer-se.
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