sábado, julho 05, 2008

DO MEU DIÁRIO

Santa Iria de Azóia, 5 de Julho de 2008 – O PCP tem sido desancado na blogosfera, pelos votos que não vota e pelas solidariedades que teima em manter, no plano internacional. Dir-se-ia que o PCP se põe a jeito, amiúde, para que a direita lhe caia em cima.

A longevidade e a força do PCP advêm-lhe do seu passado de coerência e da forma como sempre soube defender os interesses das camadas mais desfavorecidas da nossa população. Graças à acção do PCP, o tal partido que defende sempre o que está, no dizer da direita, é que os trabalhadores portugueses vão tendo alguns direitos. Tivesse o PCP capitulado como o espanhol, o francês e o italiano, nomeadamente, e tudo seria ainda mais negro neste canto à beira mar.

Eu sei quão difícil é a solidão das pessoas e das instituições; porém, mais vale estar sozinho do que mal acompanhado, como diz o ditado popular. Por isso mesmo, há que ter muito cuidado na escolha das companhias. A Coreia do Norte, a China, Angola e as colombianas FARC, não são propriamente amigos estimáveis. Como não o foram noutros tempos a URSS e os países que viviam sob a sua influência. O PCP pagou e continua a pagar um preço muito elevado pelas suas lealdades passadas e presentes.

No plano mundial, a esquerda atravessa uma crise grave e complexa. A direita, que hoje também engloba os partidos sociais-democratas, governa o mundo e fê-lo regredir, no campo social, dezenas e dezenas de anos. Dir-se-ia que as grandes conquistas civilizacionais do século XX, ruíram de um momento para o outro e sem que tenhamos consciência de tal facto; por conseguinte, há que pegar nas antigas bandeiras e em bandeiras novas e pugnar por um mundo mais favorável para quem trabalha. E é no plano estritamente nacional que devemos concentrar os nossos esforços.

No plano internacional, às vezes inventamos amigos que só servem para nos complicar a vida. Certas ligações perigosas, roubam-nos os argumentos contra os nossos adversários e inimigos.

5 comentários:

Anónimo disse...

De "Ultrapassar os Limites", 1980, salvo erro:

CHINA
(República ex-popular)

Conceber o tigre
como jornal
grande salto
por magia
ó celulose cultural !
É revolução n'alquimia.
Soletrar mentiras
armar pelotões
e deixar amigos no rasto dos tacões.
Com as mãos cheias de sol puro,
cair de borco
é duro!

Vês, Manel que estou de acordo contigo
Abraço
João
(não cheguei foi a perceber bem aquela "polémica" a propósito do A. Salvado.)
Se aparecer anónimo lá em cima, chamo-me João Teixeira!

Manuel da Mata disse...

Eu sabia que o anónimo eras tu. Não dei resposta, porque houve um facto mais ou menos lamentável que aconteceu, entretanto.
Depois explico-te direitinho, pessoalmente ou através de "mail".
Quanto a esta posicão: penso que é importante ajudar O PCP. O que escrevi tem apenas esse objectivo.

Anónimo disse...

Falta por aí alguma discussão.
Essas ideias estão um pouco baralhadas.

Manuel da Mata disse...

Meu Caro João Teixeira,

É possível que falte por aqui alguma discussão. Acontece, todavia, que não tenho tido muita disponibilidade para discutir. Assumo a minha parte da responsabilidade e faço "mea culpa".
Eu creio saber localizar o sítio da confusão, mas creio firmemente que há amigos que só nos trazem problemas, e, assim sendo, não são nossos amigos.
Eu só quero, na medida do possível, ajudar a combater as posições da direita, que por aqui vão sendo publicadas. Eu creio até que se podia criar um conjunto de "blogues" para o efeito.
O Vitor Dias tem o "Tempo das Cerejas", que podes ler e comentar, mas é um espaço pessoal, com interesse para militantes. Eu penso numa coisa plural e mais abrangente, ou seja, aberta a mais e mais gente.
Sabes que podes vir aqui e dizer o que te apetecer.
Abraço,
Manuel

Anónimo disse...

Bom dia, Manel
Olha que que eu não sou "todos" os anónimos. Os meus comentários saiem anónimos por inabilidade ou outra coisa qualquer, que não quero saber agora. Porém, o anónimo que depois se apresentou sugerindo "algume discussão" é mesmo anónimo. Além do mais é muito mais inteligente do que eu, não vês: vai ao palanque, debita oração de sapiência (com duas linhas) e vai-se embora, convencido que "contribuiu".
Fiquei farto de anonimatos no tempo em que a outra senhora era viva. DETESTO-OS!
Falta discutir o quê?
-O Internacionalismo?
-O PCP?
-A China?
_A Poesia?
Assim não chegas a lado nenhum, ó anónimo!
Bem, discutiremos o assunto como sempre fizemos!
João Teixeira