( Em memória de minha avó paterna)
Vejo-te sempre ali
junto à lareira
no teu banquinho sentada
os olhos muito abertos
mas já sem brilho.
Vejo-te sempre ali
junto à lareira
de viuvez vestida
ansiosamente olhando
mas não vendo nada.
Vejo-te sempre ali
junto à lareira
velho tronco devastado
pelo simples fluir
inexorável dos dias.
Vejo-te sempre ali
junto à lareira
vivo o lume
os olhos muito abertos
mas já sem brilho.
1 comentário:
Lindo, devastador!
Tantos ausentes si proches,
si consolateurs.
Dia gelado em paris, cortante.
Vento frio!
o dia desceu e nem dei por isso...
bonsoir, um abraço,
lidia
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