Republicação
Pertenço a uma geração
Que tudo deu à pátria
E da pátria só agravos recebeu.
Nasci sob a pata e a bota
Do déspota de Santa Comba;
A Angola fui parar,
Longe da pátria e dos meus;
e lutei pela democracia
E por uma pátria fraterna.
Rapazes de cueiros dizem agora
Que gozo de muitos privilégios.
E eu digo (lhes) livremente:
A puta que os pariu!,
A puta que os pariu!
2 comentários:
Oui, je comprends, acho que é sempre assim...e se a falta de conhecimento viesse também da ocultaçao do que foi essa(s) guerra, e que nao se vêm filmes, docs, entrevistas...nao conheço os manuais da escola...
Em França, so agora se fala em guerra com a Argélia, antes eram os
" eventos "...so agora se abriram as paginas dramaticas da tortura, antes que morram aqueles que là estiveram, quando se puderà articular o sofrimento e aquilo que se passou là , nas Africas, em Timor?
Manuel, quando vier aqui levo-o, entre outros ao museu da Shoa, e
Museu d'art juive, jà leu Paul Celan?
Beijinhos e até logo.
De certeza o que fez,fez bem.
LM, Paris
Estive na Guerra Colonial, nos anos de 1974 e 1975. Já depois do 25. Porém, com o eclodir da Guerra Civil, as coisas foram muito complicadas.
Os franceses, como sabe também tiveram a sua conta. Eu vi cenas incríveis entre franceses e orientais, por causa da Guerra da Coreia. Os Indochineses eram bastante molestados ainda no início dos anos setenta.
Eu não tenho quaisquer tramas, mas a estada em Angola marcou-me muito.
Bom fim-de-semana e beijinhos, Lídia.
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