quinta-feira, setembro 06, 2007

MADRE TERESA DE CALCUTÁ

Santa Iria de Azóia, 6 de Setembro de 2007 – Madre Teresa de Calcutá é uma figura incontornável da segunda metade do séc. XX. Não só pelo seu trabalho em prol dos mais desfavorecidos; mas, também, pelas suas posições reaccionárias acerca de temas da maior relevância, entre os quais avulta a interrupção voluntária da gravidez, vulgo, aborto e a utilização de contraceptivos.

Pressuroso, o papa João Paulo II beatificou-a. Outro papa qualquer há-de fazê-la santa. E a freira de figura esquálida, que o anedotário do mundo inteiro também ajudou a celebrizar, merece a dignidade dos altares. Mulher de convicções muito profundas, fez da sua vida um exemplo de dádiva e abnegação.

Nos últimos dias, falou-se muito da correspondência da religiosa de origem albanesa. Dedicada aos mais miseráveis, questionou a existência de Deus e a sua fé. Madre Teresa nunca compreendeu o silêncio de Deus que, em alguns momentos, lhe terá parecido escandaloso. Porém, perseverou sempre na concretização dos seus ideais.

O dogma da fé assenta, justamente, na aceitação do princípio da ausência de dados sensoriais. Em Deus acredita-se. As visões dos místicos não têm qualquer sustentação no mundo dito sensível.

As dúvidas de Madre Teresa são legítimas e não podem prejudicar a sua canonização.

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