Mata, 15 de Setembro de 2000 - Luzia Maria Martins, mulher de muitos estudos e saberes, mas também de muito trabalho corporal, deixou-nos, definitivamente, esta semana. O “DN”, que muitos leitores apelidam de jornal de referência, dava a necrológica notícia no interior do jornal, em meia coluna e sem fotografia. Despachou a antiga directora do TEL, autora de textos, encenadora e também grande combatente da liberdade com a velocidade com que se despacham os mal-amados.
Luzia Maria Martins, é bom que se diga sem ambiguidades, foi uma das personalidades que de uma forma consequente e séria mais dignificou o teatro em Portugal: dando-lhe textos, divulgando autores nacionais e estrangeiros e entregando-lhe também o seu próprio corpo. No palco, que era o seu altar sagrado, esta mulher de rija têmpera tudo sacrificou. Poucos terão feito tanto, com tão poucos meios e tantas hostilidades.
Que este texto, se possível, ajude a fazer luz sobre Luzia.
1 comentário:
Luzia, mulher maior, grande demais para Portugal.A minha imensa saudade, mas ainda a raiva e indignação pelo esquecimento e a forma como foi tratada em vida. Fundou o Teatro Estúdio de Lisboa com a igualmente esquecida Helena Félix, que dirigiram durante mais de 25 anos. A sua casa foi o Teatro Vasco Santana ali na Feira Popular.
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