Santa Iria de Azóia, 22 de Maio de 2009 – O senhor Belmiro de Azevedo, provavelmente o homem mais rico de Portugal, arroga-se o direito de dar conselhos aos seus concidadãos, mesmo quando estes não lhos pediram e deles não necessitam.
O senhor Belmiro de Azevedo, que terá indiscutivelmente muitos méritos, olha Portugal e os portugueses com excessiva sobranceria. Critica o referido senhor os trabalhadores da Auto-Europa (ou Autoeuropa?) por não aceitarem a chamada mobilidade, que na óptica do senhor é uma coisa excelente. O senhor receita para os seus concidadãos do alto das suas resmas de milhões, como se os ordenados e as condições da outra mobilidade permitissem aceitar as condições propostas. O senhor Belmiro de Azevedo, por quem os portugueses muito têm feito, viaja de avião particular e vive com os biliões que todos lhe demos e damos a ganhar.
Até por pudor (não vá o João acordar, como diria Nobre treslido), o senhor Belmiro de Azevedo deveria adoptar uma atitude de compreensão e de disponibilidade para ajudar a superar a crise, porque a ideologia do senhor e o sistema económico subjacente à mesma são os grandes responsáveis pelo estado a que o mundo chegou. O senhor Belmiro vê longe, muito longe, quando se trata de investir e ganhar milhões, mas sob o ponto de vista humano, o seu mundo situa-se por detrás da fivela do cinto das suas próprias calças.
A insolência deste senhor envergonha-me!
Sem comentários:
Enviar um comentário