Cotovia, 14 de Março de 2009 – Entre os discursos de Sócrates e os de Salazar, começa a não haver grandes diferenças. O comentário de Sócrates à manifestação da CGTP é sintomático de que este 1º ministro e secretário-geral do PS tem tiques de um autoritarismo inusitado, desde o 25 de Abril de 1974 até à sua chegada ao poder.
Quando o governante de turno não acha importante e interessante o argumento do número, mas privilegia, em abstracto, o argumento de que o que fez foi bom para o país, a matriz discursiva é já salazarenta. Sustentava a Constituição 33 que acima dos interesses individuais e colectivos se situavam os interesses da nação, que, naquele tempo, se grafava com maiúsculas.
Ora a nação, digo eu, é o conjunto dos indivíduos que partilham um mesmo conjunto de valores, que pode ou não incluir o território, que pode incluir ou não a língua, que pode ou não incluir a mesma História, que pode ou não incluir as mesmas tradições, que pode ou não incluir a própria nacionalidade; mas havemos de convir que não há país sem território e sem Estado politicamente organizado, sem um povo que o ocupe e que nele sonhe e crie.
Parece-me arrogância – e arrogância da pior, que um qualquer comentador de TV e carreirista da política, embrulhado em múltiplos episódios nada recomendáveis como exemplo aos nossos filhos, se esteja nas tintas para uma parte significativa do seu povo, com o argumento totalitário de que o que está a fazer é para bem do país.
A política deste governo é tão boa para o país, como o terão sido os célebres projectos de arquitectura do mesmo autor, que a comunidade nacional já apreciou vastamente através da “internete”.
Quando o governante de turno não acha importante e interessante o argumento do número, mas privilegia, em abstracto, o argumento de que o que fez foi bom para o país, a matriz discursiva é já salazarenta. Sustentava a Constituição 33 que acima dos interesses individuais e colectivos se situavam os interesses da nação, que, naquele tempo, se grafava com maiúsculas.
Ora a nação, digo eu, é o conjunto dos indivíduos que partilham um mesmo conjunto de valores, que pode ou não incluir o território, que pode incluir ou não a língua, que pode ou não incluir a mesma História, que pode ou não incluir as mesmas tradições, que pode ou não incluir a própria nacionalidade; mas havemos de convir que não há país sem território e sem Estado politicamente organizado, sem um povo que o ocupe e que nele sonhe e crie.
Parece-me arrogância – e arrogância da pior, que um qualquer comentador de TV e carreirista da política, embrulhado em múltiplos episódios nada recomendáveis como exemplo aos nossos filhos, se esteja nas tintas para uma parte significativa do seu povo, com o argumento totalitário de que o que está a fazer é para bem do país.
A política deste governo é tão boa para o país, como o terão sido os célebres projectos de arquitectura do mesmo autor, que a comunidade nacional já apreciou vastamente através da “internete”.
3 comentários:
Hei-de lembrar-me sempre da célebre frase do Eça/Conde de Abranhos: (de memória)
"Este governo não cai porque não é um edificio; sai com benzina porque é uma nódoa."
Um abraço, Manel
João
ora nem mais. benzina.
É no que dá ter amigos que são poetas inspirados.
Há-de sair com benzina.
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