sábado, março 07, 2009

DO MEU DIÁRIO

Apesar de pertencer à classe, confesso, com toda a franqueza, que não tenho nenhuma simpatia especial pelos trabalhadores da Administração Pública e Local. E não se trata aqui de qualquer falta de auto-estima. Esta minha posição radica no conhecimento que tenho da classe e dos seus defeitos e virtudes.

Porém, quando me saem na rifa figueiredos e quejandos, capazes de trucidar tudo e todos, digo cá para os meus botões: “alto aí pára o baile!”. Os funcionários públicos e da Administração Local foram admitidos pelos detentores do poder, ao longo de várias décadas, e executam as leis e os decretos-leis que a Assembleia da República e o Governo vão produzindo. Se são muitos e se há muitos à rédea solta, que se peçam contas aos dirigentes que o poder nomeia. O cidadão, que se queixa da burocracia, deveria, antes de mais, queixar-se daqueles que elege.

Durante o efémero Governo de Durão Barroso, D. Manuela Ferreira Leite lançou as piores críticas sobre os funcionários públicos. Dir-se-ia que a senhora, durante a sua breve passagem pelo poder efectivo, fez pior aos funcionários públicos do que todos os mandantes desde 1143. Pior, só mesmo os mandantes que lhe sucederam, porque apanharam a boleia e zás! Vai de cascar nos funcionários públicos, que a coisa rende, porque o povoléu não funcionário público gosta que casquem nos funcionários públicos.

Dentro de dois ou três anos, vou às Caldas e ofereço-lhes um Rafael Bordalo Pinheiro.

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