Á cidade de Silves
Vivo com esta mania
Das moirinhas encantadas.
São restos da fantasia
Dos velhos contos de fadas.
Entre Silves e Granada,
Procuro as lindas gazelas.
Ò moirinhas de Granada,
Doces, amáveis e belas!
Nas margens do rio Arade,
Dou largas ao desvario.
Ò divina Sherazade,
Salta das águas do rio!
Em Silves, com Ibn ‘ Ammâr,
Queria, se pudesse ser,
De moiras tagarelar
E um vinho doce beber.
Al Mu ‘Tamid saudar
Com respeitosa emoção.
Poeta, mais devagar…
Ai, tanta divagação!
Isto é apenas a parte
Do que em Silves penso e sinto.
Oh, cidade prenhe de arte!
Oh, meu cálice de absinto!
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