Li há momentos o artigo de opinião de Vasco da Graça Moura, publicado na edição de hoje do "Diário de Notícias" e confesso, sem quaisquer constrangimentos, que gostei do texto. Não porque me esteja a tornar num cavaquista ou coisa parecida, mas porque as ideias são interessantes e merecem ser discutidas.
Concordo que haja livros de leitura obrigatória, a partir do quinto ano de escolaridade. Livros adequados à idade dos estudantes e que versem temáticas suficientemente modernas e apelativas. Necessariamente (eu sei que é óbvio) em português, ainda que se possa recorrer às traduções.
A quantidade não será o mais importante. Porém, dos mesmos seriam feitos testes de verificação de leitura que contariam para a classificação final da disciplina de Português, em cada ano.
Percebo que VGM fale da Odisseia e de Frederico Lourenço, d'Os Lusíadas e de Amélia Pinto Pais, num programa mais vasto e que implicasse a televisão. E porque não a Divina Comédia e Vasco da Graça Moura?
Trazer os clássicos à colação, nestes tempos que correm, dominados por outros chamamentos, poder-se-á revelar contraproducente. O Professor Saraiva, apesar dos seus dotes de comunicador, não conta entre os seus ouvintes os jovens de Portugal. Outros terão de ser os meios e os veículos de sedução. E é aqui que está o nó, no que à televisão diz respeito.
Como o óptimo é inimigo do bom, comece-se pela obriagatoriedade a partir do quinto ano de escolaridade. Três ou quatro livros por ano. A cruz é grande, mas o objectivo é nobre!
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