Santa Iria de Azóia, 16 de Agosto de 2012 – Terminaram as olimpíadas de Londres, que tiveram momentos verdadeiramente emocionantes, no domínio estritamente desportivo. Terminou uma grande festa do desporto, numa grande capital europeia; porém, há muito que começaram os trabalhos preparativos para a realização das olimpíadas de 2016, numa grande cidade da América do Sul, o Rio de Janeiro.
Por cá, parolamente, ainda se continuam a discutir as medalhas que se podiam ganhar e não se ganharam, as causas dos fracos resultados, a atribuição de culpas, etc. Era bom que os jogos fossem vistos apenas como um tempo de sã competição e convívio, em que uns ganham e outros perdem, naturalmente. E se aceitasse, sem grandes comoções, que os resultados nos jogos olímpicos estão em harmonia com o que se passa nas restantes áreas da vida nacional.
Numa espécie de nota de rodapé, quero aqui deixar um reparo e que é o seguinte: um locutor da RTP, que lê notícias à hora do almoço, dizia, num dos primeiros dias desta semana, que os EUA tinham derrotado a China na conquista de medalhas.
Herdeiros de uma tradição de paz, os jogos olímpicos deveriam inspirar os fazedores de opinião para a necessidade de cultivar a concórdia entre as nações. O uso de uma certa linguagem guerreira significa que o mundo continua em guerra, ainda que não declarada, e desta feita entre os EUA e a RPC. No tempo da chamada guerra fria, os contendores eram os mesmos EUA e a então URSS. Com o desaparecimento da URSS, elegeu-se a China como a outra parte beligerante. Em paz é que não podemos viver, mesmo quando se fala de conquista de medalhas olímpicas. Sim, na luta pela conquista de medalhas, os EUA ganharam à China.
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