terça-feira, agosto 14, 2012

DO MEU DIÁRIO

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Santa Iria de Azóia, 14 de Agosto de 2012 – Eu gostava de ter um Presidente da República que me representasse, porque acho bem que haja Presidente da República que represente todos os seus concidadãos. Só que Portugal é um país tão peculiar, que até o presidente que os portugueses elegeram por maioria não quer representar a minha excelsa pessoa e mais quinze ou dezasseis por cento de outros portugueses que comigo fazem coro, ou eu com eles, fora do denominado centrão da política portuguesa.

Este presidente, que não soube perdoar aos adversários na hora da vitória, nunca poderá ser o Presidente de todos os portugueses, porque as suas opções políticas e ideológicas têm primazia. Atente-se na composição do Conselho de Estado: quinze ou dezasseis por cento dos portugueses não têm qualquer representante no órgão de consulta do inquilino do Palácio de Belém, porque o senhor não quis escolher, ao contrário do seu antecessor Jorge Sampaio, qualquer representante de partidos à esquerda do PS.

Este presidente, que não quis assistir às exéquias do Nobel Saramago, pretextando que estava de férias coma família, é o mesmo que promulga toda a legislação lesiva dos interesses de quem trabalha e dos que menos têm. Este presidente, que tão bem sabe conjugar o verbo avisar no pretérito-perfeito, é corresponsável por esta política de favorecimento dos poderosos, porque nunca quis exercer os seus poderes a favor da esmagadora maioria do seu povo.

E agora regresso ao meu Camilo, o maior dos mineiros da língua portuguesa.

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