quinta-feira, agosto 09, 2012

DO MEU DIÁRIO


Santa Iria de Azóia, 9 de Agosto de 2012 – Acabei de ler o romance A Cidade de Ulisses de Teolinda Gersão, escrito num tom coloquial, que agarra o leitor do primeiro ao último momento. Sob uma aparente simplicidade de processos, Teolinda dá-nos nesta obra algumas histórias de amor, sendo certo que duas sobressaem: a vivida pelo narrador, Paulo Vaz, e por Cecília branco; e, a história em que Lisboa se constitui como amada das personagens antes referidas.

Através do protagonista desta narrativa, Teolinda dá-nos um retrato do Portugal das últimas décadas, não lhe escapando sequer a crise actual e o seu rol de misérias. Artistas de eleição, Paulo Vaz e Cecília são no seu modo de viver duas pessoas absolutamente normais, facto que confere uma inexcedível verosimilhança à narrativa

Através de Paulo Vaz, que parece – parece, porque, na verdade estamos em presença de um longo monólogo -, dialogar amiúde com as restantes personagens, a autora faz a apologia de valores incontestáveis, tais como a liberdade individual e a democracia. É de ler.

Gersão, Teolinda, A Cidade de Ulisses, Sextante Editora, 2ª ed., Porto, 2011.



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