ANTÓNIO SALVADO
Quando se fala de poetas e de poesia albicastrenses, há um nome que ganha espessura e sobressai: António Salvado. Natural da cidade de Castelo Branco, onde nasceu a 20 de Fevereiro de 1936, em Castelo Branco tem vivido quase ininterruptamente.
Licenciado em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, o autor de Narciso (1955) deixou o seu nome ligado à revista Folhas de Poesia, tendo dirigido o nº 4 e último (1959), dedicado integralmente à obra de Ângelo de Lima.
Exerceu a docência em Lisboa, Luanda e na sua cidade natal. Em Castelo Branco dirigiu também, durante vários anos, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior. É, indiscutivelmente, uma figura incontornável da vida cultural da cidade de Afonso de Paiva e Amato Lusitano.
Iniciou a sua carreira literária com Narciso (1955) e o seu último trabalho, AURAS DO EGEU – e de todos os mares, com a chancela da FOLIOEXEMPLAR, surgiu em Outubro do ano transacto. Importante poeta da segunda metade do séc. XX, entrou no séc. XXI com grande determinação e criatividade, estando para breve a publicação de um novo trabalho.
Apesar de ter vivido quase sempre em Castelo Branco, o trabalho poético de António Salvado tem merecido justo reconhecimento nacional e internacional. Está traduzido em castelhano, francês, italiano e inglês. O mundo ibérico já o distinguiu com vários prémios.
E como não podia deixar de ser, aqui vos deixo este belo poema de António Salvado:
COLHEI AS ROSAS
Colhei as rosas, sim, colhei as rosas
tão vivas de vermelho
e as brancas violetas
colhei também -
Eis a festa das flores
no vosso coração
estremecido quente
e mergulhai os lábios no prazer-
O amor vos aguarda,
ó frescas raparigas,
enfeitai-vos de rosas violetas
plantadas nos canteiros dos desejos.
AURAS DO EGEU - e de todos os mares, FOLIOEXEMPLAR, Lx., Out/2011
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